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Economia

Negociação de cargos com o Centrão começa pelo Ministério do Desenvolvimento Regional

A ampliação de espaços no governo para novos aliados do Congresso irá começar pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Além do diretor-geral do Dnocs, órgão que coordena ações contra as secas no Nordeste, o ministério deve receber nos próximos dias novas nomeações para diretorias.
É nesta pasta que ficam órgãos cobiçados por políticos, como as superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a estatal federal que comanda o Metrô de Porto Alegre (Trensurb), por exemplo.
Em fevereiro, assumiu como ministro de Desenvolvimento Regional o ex-deputado Rogério Marinho, que ocupou a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. No cargo anterior, fez a articulação política que levou à aprovação da reforma da Previdência.
Segundo integrantes do governo, desde que chegou ao novo cargo, Marinho só fez substituições no próprio gabinete e na secretaria-executiva. Por isso, agora abrirá espaço para nomes indicados por políticos, desde que tenham capacidade reconhecida para os postos.
Rogério Marinho assumiu o Ministério do Desenvolvimento Regional em fevereiro
A avaliação das indicações está sendo feita diretamente pela Secretaria de Governo do Palácio do Planalto.
Marinho é visto dentro do governo como um entusiasta da aproximação de Bolsonaro com parlamentares para ampliar o apoio no Congresso. Ele próprio é um político com experiência na articulação e bom relacionamento com os partidos do “Centrão”.
O ministro do Desenvolvimento Regional vem usando o argumento de que, sem base ampla no Congresso, o Planalto dificilmente aprovará as reformas necessárias para o país superar a pandemia do coronavírus e voltar a crescer.

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