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NASA revela novas estratégias para trazer amostras de Marte à Terra até 2040

A NASA está desenvolvendo novas estratégias para trazer à Terra as amostras coletadas pelo rover Perseverance em Marte, reduzindo custos e prazos em comparação com o plano original. O objetivo da missão, chamada de Mars Sample Return , é investigar a possibilidade de vida no planeta vermelho e compreender melhor sua história geológica e climática.

Desafios e alternativas
Inicialmente, o retorno das amostras estava previsto para 2031, com um custo estimado em US$ 11 bilhões . Contudo, uma revisão independente indicou que a complexidade e os custos poderiam atrasar o projeto até 2040, o que foi considerado “inaceitável” pelo administrador da NASA, Bill Nelson .

Agora, duas alternativas são consideradas:

Uso da tecnologia Sky Crane: Essa tecnologia já foi empregada com sucesso para explorar os rovers Curiosity e Perseverance em Marte, utilizando paraquedas, retrofoguetes e uma ponte aérea para depositar os veículos na superfície.
Parcerias comerciais: Inclui o desenvolvimento de módulos de carga pesada por empresas como SpaceX e Blue Origin para entregar as amostras à Terra de forma simplificada e econômica.
Ambas as estratégias visam reduzir o custo total para algo entre US$ 5,5 bilhões e US$ 7,7 bilhões e permitir o retorno das amostras entre 2035 e 2039.

Por que trazer as amostras?
As amostras coletadas pelo Perseverance, especialmente na Cratera Jezero — um antigo lago marciano —, podem conter evidências de vida passada. Essas rochas e poeiras também ajudam a desvendar os segredos do início do sistema solar e preparar futuras missões tripuladas a Marte.

Desafios técnicos
O principal desafio será projetar um veículo de ascensão que possa pousar e decolar em Marte, além de ampliar o tamanho do guindaste aéreo para lidar com a carga. Além disso, a NASA está adaptando os painéis solares para resistir às tempestades de poeira no planeta.

Outra mudança significativa será o retorno direto das amostras à Terra, em vez de enviá-las primeiro para a órbita lunar, como previsto no plano inicial.

Cooperação Internacional e Concorrência
O programa conta com parceria da Agência Espacial Europeia (ESA) , que contribuirá com um orbitador para trazer as amostras para a Terra. No entanto, a missão enfrentada pela China , que planeia lançar a sua missão Tianwen-3 em 2028, com previsão de retorno de amostras já em 2031.

O futuro da exploração marciana
A NASA acredita que trazer as amostras antes de 2040 será crucial para responder à grande questão: “Havia vida em Marte?” A análise das amostras poderá revelar informações valiosas sobre o passado habitável do planeta vermelho, além de preparar o caminho para a exploração humana.

O projeto permanece em avaliação, com decisão final sobre a estratégia a ser tomada esperada para o segundo semestre de 2026.

Fonte:CNN Brasil

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