Universidade trabalha no tombamento do material. Doação foi feita em dezembro do ano passado. Museu da Borracha doa coleção de paleontologia com fragmentos de três animais diferentes para laboratório da Ufac
Jonas Filho/arquivo pessoal
O Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) recebeu a doação uma pequena coleção de paleontologia com fragmentos de três animais diferentes, um jacaré, uma preguiça gigante e a mandíbula de um mastodonte que é uma espécie de elefante do museu da Borracha Governador Geraldo Mesquita.
O paleontólogo doutor Jonas Filho, coordenador do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da Ufac recebeu a doação e disse que agora estão em processo de tombamento para que o material não seja registrado duas vezes.
“Eles resolveram, e não sei por quais razões, doar uma pequena coleção de paleontologia para a Ufac. A doação chegou à universidade e são três peças fragmentadas de três animais diferentes”, contou.
Filho disse que nesse momento é necessário fazer uma pequena investigação que é importante no processo de tombamento que deve conter informações como quem coletou o material, a região onde foi encontrado e em que ano.
“Como ele já veio de um museu, têm alguns números que não sei se são datas, mas a gente precisa fazer isso para não dar uma outra certidão de nascimento, vamos dizer assim. É o que estamos fazendo nesse momento, estamos discutindo essas questões. O material tem importância científica para efeito de coleção” explica o paleontólogo.
Museu da Borracha doa coleção de paleontologia com fragmentos de três animais diferentes para laboratório da Ufac
Jonas Filho/arquivo pessoal
Filho ressalta que o material, como a mandíbula de mastodonte, por exemplo, é uma importante fonte de estudos, teses, dissertação, e que vai ser muito bem utilizada dentro do universo de pesquisas da Ufac.
“Estamos acolhendo com muita gratidão o remanejamento que foi feito para a universidade. É sempre de bom grado receber essas doações mesmo porque a doação partiu de um museu onde tem pessoas que conhecem a relevância científica do material e, provavelmente, entendeu que melhor estaria guardado essa material na universidade do que no próprio museu que tem uma outra característica”, acrescentou.
A doação, de acordo com o professor, foi foi feita ainda em dezembro do ano passado, mas, devido o recesso, e em seguida a crise de pandemia do novo coronavírus, o material ainda não teve os devidos encaminhamentos, mas já está sob a guarda da Laboratório de Paleontologia da Ufac.
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Ao G1, a Fundação Elias Mansour (FEM) informou que está sendo feita uma mudança no acervo de arqueologia e desde 2009 eles tinham a concessão desse material, e o acervo estava junto com o material arqueológico. Com a reforma entregue em 2018, o Museu da Borracha teve uma mudança para informações digitais e, para o material não ficar guardado em arquivo, foi decidido pela doação para que possa ser utilizado pela universidade.
O museu da Borracha chegou a ficar cinco anos fechado, após reforma foi entregue em 2018. Na nova estrutura, apresentou uma exposição tecnológica sobre a história da borracha, azulejos e escadaria com os detalhes originais reestruturados, entre outros aspectos do tempo da borracha mantidos originalmente.
Além disso, a FEM informou que devido à pandemia do novo coronavírus, o espaço está com a visitação limitada, mas não está fechado.
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Jonas Filho/arquivo pessoal
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