Brasil fechou outubro com 16.016 mortes pela covid-19.. É a primeira vez desde abril que o país termina um mês com menos de 20 mil mortes. E é o terceiro mês consecutivo com queda no número de óbitos
O recorde em óbitos foi registrado em julho, com 32,9 mil.
Como costuma acontecer nos fins de semana, o Brasil registrou ontem número abaixo da média em óbitos pela covid-19: 128.
Total chega a 162.397.
BIDEN ELEITO – A eleição de Joe Biden para Presidente dos Estados Unidos dominou o noticiário no fim de semana.
Há expectativa sobre a reação do Presidente Bolsonaro, um dos poucos Chefes de Estado que ainda não enviou cumprimentos formais ao Presidente eleito pelos norte-americanos.
O Presidente Trump permanece em revolta, alegando que pode reverter o quadro. Pretende recorrer a diversas instâncias judiciais para contestar resultados em estados onde a contagem de votos se prolongou durante tempo extra.
Foi bem recebido o tom de conciliação de Joe Biden nas suas falas, abordando sempre a filosofia de unificação.
A posse dele está marcada para 20 de janeiro.
PANDEMIA – Toda a imprensa relata que Joe Biden começa a discutir com áreas diversas a questão da pandemia, que continua presente na vida dos Estados Unidos.
Biden assumirá em pleno inverno, provavelmente com índice elevado de covid-19.
GUEDES – Se Bolsonaro não falou, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, ocupou este espaço, dizendo que “o Brasil seguirá normalmente as relações com os Estados Unidos sob uma eventual presidência do democrata Joe Biden”.
Na verdade, fez esta declaração na sexta-feira (6), horas antes do resultado ser anunciado nos EUA.
O Ministro afirmou que o relativo isolamento da economia brasileira permite que o resultado das eleições norte-americanas não afete tanto o crescimento econômico do nosso país nos próximos anos.
Para ele, os eventos externos afetam principalmente os fluxos de investimentos e preços de ativos financeiros, como o câmbio, mas não impactam tanto a economia real.
Na avaliação de Guedes, a retomada do crescimento da economia brasileira depende mais da continuidade das reformas, de privatizações, de mudanças no sistema tributário e da liberalização de marcos regulatórios e de melhorias no ambiente de negócios.
HACKER – Governo Federal, Superior Tribunal de Justiça e Governo do DF tentam passar a imagem de que está superado o problema da invasão dos sistemas por hackers, mas falta clareza no acompanhamento do caso.
Consta que o hacker foi identificado e sistemas voltam a funcionar, mas há ainda insegurança nas afirmações.
Ao longo desta semana, esperam-se novos esclarecimentos. Preocupação maior vem do STJ, onde houve quebra de sigilo em importantes arquivos, que devem funcionar graças ao sistema de backup.
AMAPÁ – Desde terça-feira da semana passada (3), o Amapá vive situação de crise, sem energia elétrica nas suas cidades. O Ministério das Minas e Energia prevê regularizar a situação até o fim desta semana.
Começou a haver fornecimento precário de energia, mas a situação ainda é de calamidade, com insegurança e protestos nas ruas.
INDÚSTRIA – Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o mês de setembro foi “excepcionalmente forte” para a economia.
O faturamento industrial registrou aumento de 5,2% na comparação com agosto — mês que superou o nível pré-pandemia. É o melhor desempenho registrado pela CNI desde outubro de 2015.
O faturamento da indústria em setembro é 12,6% acima do registrado em setembro de 2019. Mas, no acumulado de janeiro a setembro, o desempenho financeiro do setor ainda se encontra 1,9% abaixo na comparação com 2019.
No mercado de trabalho, o emprego industrial marcou o segundo mês consecutivo de alta. Já havia avançado 1,3% em agosto e registrou 0,5% a mais em setembro. Em relação a setembro de 2019, o item registrou um recuo de 1,7%.
PÓLIO ASSUSTA – “Globalmente, milhões de crianças estão com maior risco de contrair pólio e sarampo – doenças perigosas, mas preveníveis – em meio à interrupção de programas de imunização vitais, em função da pandemia”.
O alerta é da UNICEF e da OMS.
As taxas de imunização caíram até 50% em alguns países, com as pessoas impossibilitadas de acessar serviços de saúde por conta de lockdowns e interrupções no transporte.
No Brasil, preocupa ver que a vacinação antipólio não tem atingido as metas traçadas pelo Ministério da Saúde.
INFLAÇÃO – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para todas as faixas de renda, apresentou taxas de 0,86% em outubro e de 3,92% em 12 meses.
A inflação é a maior registrada para um mês de outubro desde 2002, segundo o IBGE.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de preços de 0,89% em outubro. O indicador mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos
De acordo com o IBGE, esse resultado do INPC é o maior para um mês de outubro desde 2010 (0,92%). Em setembro, o indicador havia ficado em 0,87%.
O INPC acumula taxas de inflação de 2,95% no ano e de 4,77%, em 12 meses.
Especialistas não temem uma explosão consistente de preços, alegando que o desemprego e a crise econômica impedem a chamada “inflação de demanda”.
CONGRESSO – Não haverá sessão legislativa no Congresso Nacional nesta semana, por causa da eleição municipal, marcada para domingo (15), em primeiro turno.
MUNDO – No fim de semana, houve protestos em diversas cidades da Europa contra o lockdown, com manifestantes sem máscara.
Há movimentos organizados nos principais países exigindo que atividades econômicas nãos sejam suspensas.
BOLÍVIA – Luis Arce, vencedor das eleições, assumiu a Presidência na Bolívia.
O ex-Presidente Evo Morales ainda está na Argentina, mas pode retornar ao país.
AGENDA – No Palácio do Planalto, às 17h, Presidente Bolsonaro lança o programa Aliança pelo Voluntariado, com Premiação de Amigos da Pátria.
ECONOMIA – Na sexta-feira (6), a Bolsa de Valores reagiu bem à eleição de Joe Biden e chegou aos 100.925 pontos.
E o dólar caiu para R$ 5,39.
Prevê-se que esta reação positiva do mercado se intensifique hoje.
Por RENATO RIELLA
Comentar