Pontos de água estavam contaminados com uma cianobactéria produtora de neurotoxinas. Cientistas já sabem o que provocou morte em massa de elefantes
Centenas de elefantes encontrados misteriosamente mortos em Botsuana, na região do delta do rio Okavango, foram vítimas de uma cianobactéria produtora de neurotoxinas, revelou o governo nesta segunda-feira (21).
“As mortes ocorreram por envenenamento devido a uma cianobactéria que se desenvolveu em pontos de água”, disse Mmadi Reuben, veterinária do Ministério da Vida Selvagem e Parques Nacionais.
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Localizado entre Zâmbia, Namíbia e África do Sul, sem litoral marítimo, Botsuana abriga cerca de 130 mil elefantes em liberdade, ou seja, um terço da população africana conhecida desses paquidermes.
Mais de 300 elefantes foram encontrados mortos desde março.
Foto de arquivo mostra elefantes no Parque Nacional de Chobe em Botsuana.
AP Photo/Charmaine Noronha
A hipótese da caça furtiva foi descartada, já que os animais foram encontrados com as presas intactas. O antraz (ou doença do carbúnculo) também foi descartado.
As mortes de paquidermes pararam no final de junho, coincidindo com o esgotamento desses pontos de água, afirmou Reuben.
Os exames de sangue confirmaram que uma cianobactéria, produtora de neurotoxinas, foi a causa desta alta mortalidade.
Esses exames foram feitos em laboratórios especializados da África do Sul, Zimbábue e Canadá. A investigação sobre a cianobactéria continua, disse o governo do país africano.
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