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Ministério da Saúde atualiza estratégias de vigilância e controle do Oropouche.

Com o aumento dos casos do vírus Oropouche, o Ministério da Saúde publicou uma nova nota técnica para fortalecer as estratégias de vigilância e prevenção da doença no Brasil. A medida é parte do plano de acompanhamento das arboviroses, apresentado em setembro, e busca intensificar ações em críticas, como o Espírito Santo, que concentra 98,7% dos casos registrados nas últimas semanas.

Dados epidemiológicos preocupantes
Desde 2023, o Brasil registrou 11,6 mil casos confirmados de Oropouche até a semana epidemiológica 50 de 2024, com transmissão identificada em 22 estados . Apenas Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul registraram casos importados. Além disso, foram confirmados:

4 óbitos associados ao vírus (outros 4 em investigação);
5 casos de transmissão vertical (4 óbitos fetais e 1 por anomalia congênita);
Outros 24 casos de transmissão vertical seguem em investigação (20 óbitos fetais e 4 anomalias congênitas).
Principais sintomas e gravidade
A infecção pelo Oropouche apresenta sintomas como febre, dores intensas na cabeça, músculos e articulações, náuseas, calafrios e tontura. Em casos graves, podem ocorrer sangramentos e complicações neurológicas.

Medidas de prevenção e controle
Para minimizar o risco de exposição ao vírus, o Ministério da Saúde recomenda:

Uso de roupas protetoras: calças, camisas de mangas longas e sapatos fechados;
Evitar exposição ao mosquito maruim: transmissor mais ativo ao amanhecer e no fim da tarde;
Instalação de telas e mosquiteiros ;
Limpeza ambiental: eliminação de materiais orgânicos acumulados;
Cuidados específicos para gestantes , que devem evitar locais com alto risco de contato com o vetor.
Capacitação e vigilância ampliadas
Desde o início de 2024, diversas ações foram realizadas para fortalecer o enfrentamento ao Oropouche:

Treinamentos técnicos: Capacitação de laboratórios e padronização de protocolos de diagnóstico;
Webinários e notas técnicas: Publicação de documentos para orientação sobre manejo clínico, transmissão vertical e investigação de óbitos;
Ações regionais: No Espírito Santo, ampliação da testagem de arboviroses possibilitou diagnósticos mais precisos.
Cenário no Espírito Santo como modelo nacional
A abordagem intensiva no Espírito Santo serve de exemplo para outros estados. A alta testagem em amostras negativas para dengue, Zika e chikungunya revelou a necessidade de atenção a outros patógenos, como o vírus Oropouche, reforçando a importância da vigilância ampliada.

Fortalecimento da vigilância
A nota técnica do Ministério da Saúde reforça a obrigatoriedade de notificação da doença e a continuidade das investigações epidemiológicas para controlar a propagação do vírus e proteger as populações vulneráveis.

Fonte:agência gov
Foto:Portal Gov.br

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