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Milho fica 12,4% mais caro e consumidores sentem reflexo na mesa em Ribeirão Preto

Farinhas que têm o grão na composição, aves e até ovos também encareceram em janeiro. Economista cita ainda alta na exportação do produto, mas diz que valor deve reduzir. Preço do milho cresce 12,40% na primeira quinzena de janeiro
Só na primeira quinzena de janeiro, o preço da saca de milho aumentou 12,40% e estava sendo vendida por até R$ 52, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).
O reflexo já é sentido pelos consumidores e comerciantes em Ribeirão Preto (SP). Isso porque, a alta afeta não só o próprio produto, mas derivados, como a farinha de milho, e outros alimentos, como as aves, cuja ração é composta pelo grão.
Feirante há 30 anos na cidade, Ana Lúcia de Fernandes diz que já se acostumou com a variação de preço. Na banca, a bandeja com 12 espigas de milho é vendida por R$ 10, mas houve época em que Ana Lúcia vendia por R$ 12.
“Muita gente acha que está caro. O preço aumenta porque é fora de época e o milho é irrigado. Então, eles cobram mais caro. Mesmo assim, três vezes na semana a gente está buscando o produto sempre fresquinho”, afirma.
As farinhas que têm milho na composição também ficaram 3,35% mais caras. O fubá teve aumento de 8% e o cereal de milho encareceu 10%, de acordo com levantamento da Associação Paulista de Supermercados.
Saca de milho está sendo vendida por até R$ 52, segundo a Cepea
Fábio Junior/ EPTV
Aves alimentadas com ração à base de milho também ficaram mais caras. O preço do quilo do frango aumentou 12,48% e os ovos sofreram reajuste de 10,96% nos últimos 12 meses, ainda de acordo com dados do Cepea.
O economista José Rita Moreira explica que um dos motivo para a alteração do valor é o aumento da procura pelo milho no mercado internacional, o que fez o Brasil exportar mais.
“Existe uma demanda mundial por proteína animal, que é carne e frango, que precisam do milho para se alimentar. Então, há muita exportação do milho do Brasil. Com tudo isso, acaba tendo um desabastecimento local”, explica.
Apesar disso, o economista afirma que a tendência é de redução do valor das sacas de milho. “Isso é momentâneo. Temos um viés de baixa em curto prazo nos próximos dias”, finaliza.
Lavoura de milho
Secom-MT/Assessoria
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