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Marcelo Crivella é condenado e se torna inelegível até 2028 por abuso de poder político.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) condenou Marcelo Crivella (Republicanos), ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual deputado federal, nesta terça-feira (8). A decisão foi em decorrência de abuso de poder político e econômico, além de conduta vedada durante as eleições de 2020. Como resultado, Crivella fica inelegível até 2028 e deverá pagar uma multa de R$ 106.410,00.

A condenação pode ser contestada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. O TRE-RJ concluiu que o ex-prefeito utilizou a máquina pública enquanto estava à frente da Prefeitura para angariar financiamento para sua campanha à reeleição por meio de caixa 2. Apesar de seus esforços, Crivella não conseguiu se reeleger.

O relator do caso, desembargador eleitoral Rafael Estrela, afirmou que Crivella liderou um esquema na administração pública que movimentou ilicitamente cerca de R$ 50 milhões, envolvendo aliciamento de empresários e fraudes em licitações, com o objetivo de enriquecimento ilícito e perpetuação no poder. O empresário Rafael Alves, considerado o operador do esquema, também foi declarado inelegível até 2028 e multado em R$ 106.410,00.

A ação de investigação judicial eleitoral (Aije) é um desdobramento da operação Hades, que resultou na prisão de Crivella em dezembro de 2020 e revelou o esquema conhecido como “QG da Propina”. Mesmo sem cargo na Prefeitura, Rafael Alves negociava apoio político com diversos empresários em uma sala da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), presidida por seu irmão Marcelo Alves.

Os benefícios oferecidos em troca de apoio incluíam favorecimento em licitações, ordens de pagamento da Prefeitura e nomeações para cargos. O relator enfatizou que as atividades dos investigados tinham um objetivo comum: atender aos compromissos de campanha de 2016 e garantir a eleição em 2020. “Os chamados ‘investimentos’ nos diálogos entre Rafael Alves e empresários eram, na verdade, valores recebidos ilicitamente, que retornavam a eles sob a forma de propina, revertendo-se em enriquecimento pessoal”, concluiu o desembargador.

Fonte: CNN Brasil
Foto: O Antagonista

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