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Meio Ambiente

Manchas de óleo chegam a mais de 1 mil pontos do litoral do Nordeste e estados do Sudeste

1.004 pontos do país já tiveram registros da poluição; destes, 570 já estão limpos e 434 seguem com vestígios esparsos. Quase cinco meses após o surgimento, as investigações ainda não apontaram a origem das manchas. Imagem mostra manchas de óleo retiradas da praia de Barra do Jacuípe, na Bahia, em novembro de 2019
Lucas Landau/Reuters/Arquivo
Mais de 1 mil localidades do litoral do Nordeste e dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro foram atingidas por manchas de óleo desde o primeiro avistamento, em 30 de agosto de 2019.
De acordo com o mais recente balanço do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com dados até terça-feira (21), 1.004 pontos do país já tiveram registros da poluição.
De todas as praias identificadas pelo Ibama desde o final de agosto, 570 estão limpas e 434 localidades ainda seguem com vestígios esparsos de contaminação.
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Lista de praias atingidas pelas manchas de óleo no litoral
Quase cinco meses após os primeiros indícios do maior desastre ambiental do litoral do país, a origem das manchas segue sendo um mistério.
De acordo com a Marinha, há três principais linhas de investigação: afundamentos recentes ou antigos de navios; derramamento intencional ou acidental; e descarte irregular de tambores de óleo.
Investigações
Desde que as manchas surgiram, diversas hipóteses foram levantadas e até uma operação da Polícia Federal foi deflagrada em buscas de evidências sobre a origem do derramamento de óleo. Em novembro do ano passado, uma operação da PF levantou suspeitas de que um navio grego estaria relacionado com a contaminação do litoral brasileiro.
Em outubro, a Marinha do Brasil disse ter notificado 30 navios-tanque de 10 diferentes bandeiras a prestarem esclarecimentos na investigação sobre a origem do óleo. Ao menos cinco navios gregos foram notificados oficialmente pela instituição, mas apenas três carregavam petróleo venezuelano, do mesmo tipo encontrado na costa brasileira.
Em nota, a Marinha disse ao G1 que segue trabalhando em diversas linhas de investigação, com apoio do Ibama, da Polícia Federal, da Agência Nacional do Petróleo, agências e órgãos nacionais e estrangeiros, iniciativa privada, além de contar com peritos e pesquisadores da área científica e acadêmica.
Segundo a instituição, foi determinada uma área de investigação com base nos estudos oceanográficos das correntes marítimas e com isso, a Marinha reforçou que as linhas de investigação são:
Afundamentos recentes ou antigos de navios
Derramamento (acidental ou intencional) durante manobra ship-to-ship ou trânsito de navios petroleiros
Descarte irregular de tambores de óleo encontrados nas praias do Nordeste
O G1 entrou em contato com a Polícia Federal em Brasília e no Rio Grande do Norte e, desde 16 de janeiro, aguarda uma resposta sobre as investigações.
Registros
Em novembro, o Ibama mudou a metodologia da contagem de praias atingidas. Antes, os registros eram feitos conforme apareciam os relatos. Agora, cada localidade registrada se refere a 1 km de praia. Isso significa que, se uma faixa de areia de 10 km tiver registro de óleo em toda a sua extensão, serão registrados 10 localidades com sinal de poluição.
Segundo o Ibama, a mudança faz parte de uma estratégia de combate às manchas, porque a divisão das notificações em setores menores facilitaria a identificação e a mobilização das equipes de limpeza de praias.
VÍDEO:
Confira em 5 pontos o que se sabe sobre as manchas de óleo no Nordeste e nos estados do ES e RJ.
Entenda as manchas de óleo no Nordeste em 5 pontos
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