O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quarta-feira (9), da IX Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada em Tegucigalpa, capital de Honduras. O encontro reúne os 33 países-membros da região para discutir temas estratégicos como integração regional, combate às mudanças climáticas e segurança alimentar.
Durante a cúpula, o Brasil deve propor uma candidatura unificada da América Latina e Caribe ao cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta brasileira sugere que a candidatura seja feminina, diante da ausência histórica de mulheres à frente da organização. O atual mandato de António Guterres termina em 2026, mas o processo de sucessão já começa a ser articulado.
“Pelo princípio da rotatividade regional, entendemos que chegou a vez da América Latina e do Caribe assumirem essa posição. Queremos trabalhar desde já por uma candidatura única, o que fortalece nossa chance de êxito”, afirmou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores.
Lula também deve convidar os líderes da região a participarem da COP30, marcada para novembro deste ano no Brasil, e a integrarem a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza — uma iniciativa brasileira sob a presidência do G20 que busca erradicar a fome no mundo até 2030.
Integração regional como prioridade
Desde o retorno do Brasil à Celac, em 2023 — após uma saída unilateral em 2019 — o governo Lula tem reforçado a integração regional como eixo central de sua política externa. “A participação do presidente é um sinal claro de que a integração voltou a ser prioridade. Foi o primeiro gesto de política externa de Lula ao reassumir a presidência”, destacou Padovan.
A Celac representa uma potência coletiva. Juntos, os países do bloco somam um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em US$ 7 trilhões, o que configura a terceira maior economia do mundo. A população da comunidade ultrapassa 670 milhões de pessoas. A região é ainda a maior produtora de alimentos do planeta e ocupa o terceiro lugar em geração de energia — com destaque para fontes limpas, como eólica e solar.
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fonte:agência gov
foto:foto da web
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