Em sua participação na Cúpula do Futuro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de “ambição e ousadia” dos líderes mundiais em relação à preservação ambiental. Ele destacou que as metas da Agenda 2030 das Nações Unidas estão avançando lentamente e alertou que as metas do Acordo de Paris estão cada vez mais difíceis de serem alcançadas, com um aumento potencial de até 3°C na temperatura global até o fim do século.
Lula enfatizou que, para limitar o aquecimento a 1,5°C, seria necessário reduzir em 42% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, mas a expectativa é que as reduções fiquem em apenas 28%. O presidente chamou a atenção para a insuficiência das ações climáticas atuais e anunciou a necessidade de um “balanço ético global” antes da COP30, que ocorrerá em Belém no próximo ano.
O “Pacto para o Futuro” será elaborado para abordar a dívida dos países e a tributação internacional, e Lula também mencionou a importância de um Pacto Global Digital para uma governança digital inclusiva.
Lula criticou a eficácia dos organismos multilaterais, lamentando que o Conselho de Segurança da ONU muitas vezes atenda a interesses individuais das potências permanentes. Ele também se absteve de comentar a crise na Venezuela durante sua visita a Nova York, mas a comitiva brasileira discutirá a situação em particular, mantendo uma postura de neutralidade e buscando ser um mediador regional.
Por fim, o presidente participará de discussões sobre a democracia e a extrema direita, onde a situação da Venezuela e as recentes violações de direitos humanos serão abordadas, reforçando a pressão sobre Maduro em meio a crescentes relatos de repressão e desrespeito ao Estado de Direito.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Poder360
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