O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta quarta-feira (19) o indiciamento de 34 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula enfatizou o direito à presunção de inocência, mas afirmou que os infratores terão que pagar pelos erros cometidos.
“Se provarem que são inocentes, ficarão livres. Se forem culpados, pagarão pelos erros”, afirmou Lula.
A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, aponta que desde março de 2021 um grupo de aliados de Bolsonaro articulou um plano para deslegitimar o processo eleitoral e permanecer no poder, independentemente do resultado das urnas. Entre as evidências citadas pela PGR estão documentos, mensagens, reuniões ministeriais e discursos públicos.
Os principais pontos da acusação da PGR:
Críticas às urnas eletrônicas: Bolsonaro e aliados divulgaram desinformação sobre o sistema de votação.
Ataques às instituições: O então presidente teria incentivado a desobediência ao STF.
Reuniões e articulações: Ministros e militares debateram a possibilidade de usar a força.
Plano de assassinato de autoridades: A PGR menciona um suposto plano para eliminar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
8 de janeiro: O grupo teria incentivado as manifestações golpistas em Brasília.
Agora, a denúncia segue para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), onde os acusados terão direito à defesa antes de qualquer decisão judicial.
Fonte:Agência gov
Foto:foto da web
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