O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu 40 chefes de Estado nesta segunda-feira (18/11), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para a abertura da Cúpula do G20. Após cumprimentos formais, foi iniciada a reunião com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza , tema prioritário da presidência brasileira.
Recepção e destaques iniciais
Lula trocou saudações calorosas com líderes aliados, como Xi Jinping (China), Joe Biden (Estados Unidos) e Cyril Ramaphosa (África do Sul). Por outro lado, o presidente argentino, Javier Milei, chegou pelo último e teve uma interação fria com o presidente brasileiro, limitando-se a um aperto de mão formal. A postura de Milei sinaliza possíveis possibilidades, já que ele se opõe à proposta brasileira de tributar fortunas dos super-ricos para combater desigualdades.
Entre os países membros do G20, todos enviaram representantes, exceto a Rússia, que teve a ausência de Vladimir Putin. Além dos 19 países do grupo, o evento conta com 20 nações convidadas por Lula, como Malásia, Angola e Vietnã, e a presença de 15 organizações internacionais.
Prioridades brasileiras na Cúpula
Na abertura de cada sessão, Lula deve reforçar dois pontos principais:
Redução das desigualdades globais: Proposta de maior financiamento para países em desenvolvimento.
Reforma da governança global: Uma das principais diretrizes é a revisão da estrutura do Conselho de Segurança da ONU, que atualmente conta com cinco membros permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e exclusão de nações do Sul Global.
Lançamento da Aliança Global contra a Fome
O momento mais esperado da Cúpula é o lançamento oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza , iniciativa que busca erradicar a fome em países vulneráveis por meio de ações conjuntas e financiamento internacional.
Apoio diplomático
Durante reuniões bilaterais no dia anterior, Lula recebeu o apoio de países como Malásia e Vietnã para uma proposta de reforma das instituições globais. O primeiro-ministro, Dato’ Seri Anwar Ibrahim, destacou a necessidade de uma governança mais inclusiva e representativa que considere como aspirações dos países emergentes.
A agenda da Cúpula segue até terça-feira (19/11), quando haverá a cerimônia de encerramento e a transferência da presidência do G20 para a África do Sul.
Fonte:Correio Braziliense
Foto:Jovem Pan
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