Motivo da decisão foi a empresa não ter cumprido as obrigações do plano de recuperação judicial, apresentado em 2014. O empresário Eike Batista
Reuters
A 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte decretou nesta quarta-feira (5) a falência da MMX Sudeste Mineração, mineradora de Eike Batista, que estava em processo de recuperação judicial desde 2014.
O motivo da decisão foi a empresa não ter cumprido as obrigações do plano de recuperação judicial.
“Um novo prazo para a empresa se manifestar apenas agravaria o prejuízo já causado aos credores que há anos tentam receber os créditos que lhe são devidos”, informou a juíza Cláudia Helena Batista, na sentença.
Em 2019, a 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro já havia decretado falência da mineradora, mas os advogados de Eike recorreram da decisão.
Procurada pelo G1, a MMX não se manifestou até o momento.
Eike Batista já foi o homem mais rico do Brasil
Eike Batista já chegou a ser o homem mais rico do Brasil. Entre 2010 e 2012, período em que chegou a ser listado como o 8º mais rico do mundo, Eike acumulou fortuna que variou entre US$ 27 bilhões e US$ 34,5 bilhões.
O empresário foi preso pela primeira vez no final de janeiro de 2017 logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, vindo de Nova York (EUA).
Cerca de três meses depois, no final de abril de 2017, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, ele deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para cumprir prisão domiciliar.
A primeira condenação saiu em julho do ano passado. O juiz Marcelo Bretas sentenciou Eike a 30 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O empresário foi réu no mesmo processo em que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado a 22 anos e 8 meses de prisão.
Dois doleiros haviam afirmado que o empresário pagou US$ 16,5 milhões (ou cerca de R$ 65,74 milhões, na conversão atualizada) a Cabral em propina. O pagamento teria sido feito em troca de contratos com o governo estadual.
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