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Justiça afasta prefeito de Porto Grande (AP) e investiga crime de fraude em licitações

O prefeito de Porto Grande, José Maria Bessa (PDT), foi afastado do cargo hoje (28) por determinação da Justiça Federal. O político ainda é alvo da operação Mensário, deflagrada desde as primeiras horas da manhã pela Polícia Federal (PF).

A ação investiga o grupo político responsável por um esquema “criminoso e estruturado” para atuar com o superfaturamento de licitações e contratos de obras públicas para beneficiar empresas parceiras em trocas de vantagens financeiras.

A Mensário é continuação de outras duas operações deflagradas ontem no município do interior do estado. A Confierede e Stadio apontaram fraudes em licitações para compra de merenda escolar e construção de um estádio de futebol.

As buscas aconteceram na sede da prefeitura de Porto Grande, gabinete do prefeito, Câmara de Vereadores, empresas, nas secretarias de saúde e educação e na residência dos investigados.

Na casa de Bessa, a PF encontrou um revólver e uma pistola com registro vencido, além de 2.350 dólares e documentos que serão investigados. O prefeito foi o único investigado que teve o nome revelado pela Polícia Federal.

Por meio de documentos e dados coletados na operação Apocalipse, de 2019, a PF chegou até as informações que levaram às operações desta semana.

“Há indícios de que o prefeito de Porto Grande, juntamente com secretários, ex-secretários municipais, além de um pregoeiro, direcionava licitações para empresários de sua confiança. Estes, em contratos superfaturados nas áreas de saúde, educação e obras, recebiam valores que, posteriormente, seriam repassados aos referidos agentes públicos”, detalha a corporação.

Entre os repasses, estavam valores destinados aos vereadores, para compra de apoio político. A PF apontou que pelo menos sete vereadores recebiam propina mensal de R$ 2 mil.

Fonte:g1/Ascom-PF

Foto:PF

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