O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi condenado pela 2ª Vara da Fazenda Pública do DF por improbidade administrativa em um desdobramento da operação Caixa de Pandora. A sentença determina a suspensão de seus direitos políticos por 12 anos, além do pagamento de uma multa e reparação de danos, ambas no valor de R$ 152,5 mil. A defesa do ex-governador afirma que recorrerá da decisão, argumentando que as provas utilizadas para a condenação foram previamente consideradas ilícitas pela Justiça Eleitoral e reaproveitadas no caso de improbidade.
A condenação também proíbe Arruda de firmar contratos com o poder público. De acordo com o juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, que assinou a decisão, o ex-governador tinha plena consciência da origem ilícita dos valores que recebia, oriundos de propinas ligadas a contratos com a empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos. A empresa, junto com outras três pessoas, também foi condenada no processo.
O caso Caixa de Pandora, ou “mensalão do DEM”, estourou em 2009, quando imagens mostraram Arruda recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos do então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que mais tarde delatou o esquema de corrupção. Arruda alegou que o valor seria destinado a uma campanha de Natal e apresentou recibos que, segundo o Ministério Público Federal, foram forjados em sua residência oficial. A Polícia Federal apreendeu a impressora utilizada e periciou os documentos, comprovando a fraude.
Essa nova decisão marca mais um capítulo na longa batalha jurídica de Arruda e destaca os impactos do esquema Caixa de Pandora na política do DF.
Fonte:G1
Foto:Conjur
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