O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou suas projeções para a economia brasileira em 2024, apontando um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 3,3% para a indústria. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18) na análise “Visão Geral da Conjuntura”, que apresenta um panorama do desempenho econômico do país.
Mesmo com uma desaceleração esperada no quarto trimestre de 2023, a revisão para 2024 reflete um otimismo cauteloso, considerando os altos níveis de incerteza nas orientações econômicas. Para 2025, o crescimento do PIB está estimado em 2,4%.
Setores Produtivos
O setor de serviços deve continuar sendo o principal motor da economia, com projeções de crescimento de 3,7% em 2024 e 2,4% em 2025. Já a indústria deve expandir 3,3% em 2024, impulsionada por estoques ajustados e pela alta utilização da capacidade instalada. Para 2025, espera-se uma desaceleração para 2,3%.
Por outro lado, o PIB agropecuário deve recuar 2,6% em 2024, reflexo de ajustes na produção, mas tende a crescer 2,5% em 2025.
Consumo e Investimentos
O consumo de bens e serviços seguirá em alta, embora com menor intensidade, devido ao crédito mais caro e à inflação menos favorável. A formação bruta de capital fixo (investimentos) terá um crescimento expressivo de 7,4% em 2024, desacelerando para 3,6% em 2025.
Inflação e Taxa de Juros
O Ipea revisou a projeção da medida de inflação pelo IPCA para 2024, de 4,4% para 4,8%, com previsão de desaceleração para 4,4% em 2025. A taxa Selic, atualmente em 12,25%, deve atingir 14 ,25% no primeiro semestre de 2025, antes de iniciar um ciclo de redução no final do ano.
Comércio Exterior
Exportações e importações também devem crescer em 2024, com destaque para uma alta de 15% nas importações, frente a 4,1% das exportações. Em 2025, as taxas esperadas são de 4,4% e 3,4%, respectivamente.
Com um cenário global relativamente estável e a manutenção de políticas fiscais e monetárias assertivas, o Ipea acredita que o Brasil continuará avançando, mesmo em meio aos desafios econômicos.
Fonte:agência gov
Foto:UOL Economia
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