Os investimentos em ciência e tecnologia no Brasil atingiram a marca histórica de R$ 26,3 bilhões entre 2023 e 2024, conforme anunciado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante o programa Bom Dia, Ministra . Os recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), superaram em mais de duas vezes o total investido entre 2020 e 2022.
Foco na Sustentabilidade e na Amazônia
Parte dos recursos, cerca de R$ 3,4 bilhões, foi direcionado ao Programa Pró-Amazônia, que promove o uso sustentável da biodiversidade e incentiva a bioeconomia local. Segundo o ministério, a transição energética e a digitalização estão entre as prioridades do governo brasileiro, reafirmadas na COP29 no Azerbaijão.
Inteligência Artificial e Infraestrutura Tecnológica
Outro destaque foi o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado em julho, que prevê R$ 23 bilhões em investimentos até 2028. O plano busca fortalecer a soberania brasileira em IA por meio de infraestrutura avançada, como o supercomputador Santos Dumont, que será um dos cinco mais potentes do mundo e terá sua apresentação prevista para fevereiro de 2025.
A ministra ressaltou a importância de proteção de dados nacionais: “A inteligência artificial é, antes de tudo, a ciência dos dados, e nossa produção científica deve permanecer sob controle do Estado brasileiro.”
Entre os objetivos do PBIA está o desenvolvimento de modelos de IA em português que considerem as características culturais e sociais do Brasil, promovendo uma liderança global do país no setor.
Iniciativas de Inclusão e Diversidade
Luciana Santos também abordou ações para aumentar a participação de mulheres em ciência e tecnologia. O edital Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação prevê o investimento de R$ 100 milhões em três anos, beneficiando entre 4.500 e 5.400 meninas e mulheres da educação básica ao doutorado.
Outro programa, o Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência , investiu R$ 6 milhões em bolsas para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas. A ministra destacou a necessidade de políticas que rompam barreiras culturais e sociais que limitam a permanência feminina em carreiras científicas e tecnológicas.
Um Futuro Promissor para a Ciência no Brasil
Com registros de investimento, programas inovadores e ações inclusivas, o Brasil se posiciona como referência no desenvolvimento científico e tecnológico. A ministra mostrou otimismo: “Estamos dando saltos importantes que equiparam nossos investimentos aos realizados por países europeus, consolidando o Brasil como líder em inovação e proteção de dados.”
Fonte:agência gov
Foto:Anprotec
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