O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, mostrou alta de 0,34% em dezembro, encerrando o ano de 2024 com inflação acumulada de 4,71%. Apesar do nível mensal alto, o índice ficou 0,1 ponto percentual abaixo do registrado em 2023 (4,72%). Em dezembro do ano passado, a inflação havia sido de 0,40%.
Principais destaques do IPCA-15 de dezembro
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco classificados alta. O grupo Alimentação e Bebidas liderou com o maior impacto mensal (1,47%) e acumulado no ano (8,00%), contribuindo com 1,68 ponto percentual para a inflação de 2024.
Subitens de destaque em dezembro:
Alimentação no domicílio: Alta de 1,56%, puxada por itens como óleo de soja (9,21%), alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%) . Por outro lado, registraram queda a batata-inglesa (-9,85%), o tomate (-6,71%) e o leite longa vida (-2,42%).
Alimentação fora do domicílio: Acelerou de 0,57% em novembro para 1,23% em dezembro. Subitens como refeição (1,34%) e lanche (1,26%) tiveram alta significativa.
Despesas pessoais: Crescimento de 1,36%, impulsionado pela alta no preço do cigarro (12,78%) devido ao aumento do IPI. Outros destaques incluem serviços como cabeleireiro (1,37%) e entretenimento (2,58%).
Transportes: Alta de 0,46%, com passagem aérea subindo 4,43% e aumentos pontuais no etanol (0,80%) e óleo diesel (0,41%). A gasolina teve queda leve de 0,01%.
Quedas e recuos
O grupo Habitação foi destaque negativo, com recuo de 1,32% em dezembro. A principal influência foi a redução de 5,72% na energia elétrica residencial, graças à retomada da bandeira tarifária verde. Outras quedas foram observadas em Artigos de residência (-0,52%) e gás veicular (-0,12%).
Impactos regionais
Nas 11 regiões pesquisadas, Salvador registrou maior alta (0,66%) em dezembro, impulsionada por gasolina (4,54%) e passagem aérea (15,35%). Já Brasília teve o menor índice, com recuo de 0,04%, reflexo das quedas na energia elétrica (-7,66%) e gasolina (-3,03%). No acumulado anual, Belo Horizonte liderou com maior variação (6,20%), enquanto Belém (4,98%) e Goiânia (4,87%) completaram o ranking.
Inflação no acumulado de 2024
No ano, os maiores impactos vieram de:
Alimentação e bebidas : Alta de 8,00%, contribuindo com 1,68 pp
Saúde e cuidados pessoais : Alta de 6,03%, com impacto de 0,80 pp
Habitação : Variação de 3,44%, com impacto de 0,53 pp
Metodologia do IPCA-15
Os preços foram obtidos entre 13 de novembro e 12 de dezembro de 2024 e comparados ao período de 12 de outubro a 12 de novembro. O índice abrange famílias com renda de 1 a 40 níveis mínimos em 11 regiões metropolitanas, além de Brasília e Goiânia.
Esses resultados reforçam a importância do grupo de alimentos no orçamento familiar, enquanto a estabilidade em outros setores ajuda a manter a inflação em níveis controlados em 2024.
Fonte:agência gov
Foto:Sua Cidade Em Revista
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