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Indicador da FGV que mede tendência de emprego tem leve recuperação em maio, mas incertezas permanecem

Em abril, indicador havia recuado para uma mínima da série histórica diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) mostrou alguma melhora em maio depois de atingir o menor nível da série histórica no mês anterior, mas a permanência da incerteza prejudica as expectativas de uma recuperação definitiva do mercado de trabalho no curto prazo.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 3,0 pontos em maio, para 42,7 pontos. Em abril, o indicador havia recuado para uma mínima da série histórica, acumulando perda de 52,6 pontos nos três meses a partir de fevereiro.
“O resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série”, disse em nota o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler.
“A elevada incerteza ainda não permite imaginar cenários de recuperação do mercado de trabalho no curto prazo, o que deve fazer com que o indicador continue registrando números baixos nos próximos meses”, completou.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, subiu 1,2 ponto em maio, a 99,6 pontos, maior patamar desde outubro de 2018. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
“O resultado sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo já no segundo trimestre e ainda sem indicações de reversão dessa tendência no curto/médio prazo”, completou Toblers.
No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego brasileira subiu a 12,6%, com perdas recordes na ocupação e o número de desempregados atingindo 12,8 milhões, diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus.
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