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Índia pede para redes sociais removerem referências à 'variante indiana' do coronavírus

Ministério de Tecnologia da Informação do país alegou que o termo não é usado pela OMS para tratar da variante B.1.617.
Índia não quer que redes sociais permitam referências à “variante indiana”
Alessandro Feitosa Jr/G1
O governo da Índia pediu que todas as redes sociais apaguem qualquer referência a uma “variante indiana” do coronavírus. A solicitação aparece em uma carta publicada na sexta-feira (21) pelo Ministério de Tecnologia da Informação.
No documento, o ministério pediu que as empresas de rede social removessem o conteúdo. O governo indiano alegou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não utiliza o termo.
“Isso é completamente falso”, apontou a carta. O ministério afirmou que a OMS não ligou o país à variante B.1.617 do coronavírus em nenhum de seus relatórios.
A OMS decretou em 10 de maio que a variante B.1.617 do coronavírus é uma preocupação global. Ela foi identificada pela primeira vez na Índia no ano passado.
Um dia depois do anúncio, o governo indiano emitiu um comunicado dizendo que os relatos da mídia usando o termo “variante indiana” não tinham qualquer base. O país defendeu que a OMS havia classificado a variante apenas como B.1.617.
Índia quer proteger imagem do país
Uma fonte importante do governo indiano disse à Reuters que o aviso foi emitido para enviar uma mensagem “alta e clara” de que tais menções à “variante indiana” espalham mal-entendidos e prejudicam a imagem do país.
Não foi possível contatar o Ministério de Tecnologia da Informação para comentar.
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Em todo o mundo, as variantes do coronavírus têm sido genericamente referidas por médicos e especialistas da saúde com base no local onde são identificadas. Isso inclui as variantes da África do Sul e do Brasil.
Um executivo de mídia social disse que será difícil retirar todo o conteúdo usando a palavra, já que há centenas de milhares de publicações desse tipo, acrescentando que “tal movimento levaria a uma censura baseada em palavras-chave daqui para frente”.
O governo indiano está enfrentando críticas crescentes sobre seu enfrentamento da pandemia, com o primeiro-ministro Modi e as autoridades estaduais sendo acusados de não se planejarem adequadamente para a segunda onda de infecções por coronavírus.
Segundo o ministério da Saúde da Índia, 26,7 milhões de pessoas no país foram infectadas desde o início da pandemia. O número representa a segunda maior contagem de casos de Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (33,1 milhões).

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