O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estima que os incêndios podem continuar se espalhando pelo país até o final de outubro, o que poderia prolongar a crise das queimadas por mais dois meses. Em resposta, o Ibama está considerando a contratação de aeronaves de pulverização agrícola adaptadas para o combate ao fogo.
Atualmente, aviões particulares são usados para controlar os incêndios no Pantanal, com um custo médio de R$ 10 milhões a cada duas semanas. O envio dessas aeronaves exige estudos prévios para garantir pontos adequados para pouso e abastecimento de combustível e água.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, relatou que a situação no Pantanal melhorou, mas os focos de incêndio persistem na Amazônia. Em São Paulo, a identificação de focos ativos é dificultada pela fumaça resultante das chuvas recentes. “A chuva apaga o fogo, mas traz muita fumaça e dificulta a identificação dos pontos ativos”, explicou Agostinho.
O governo também está avaliando a contratação de mais brigadistas e a aquisição de equipamentos adicionais. Uma reunião na Casa Civil nesta segunda e terça-feira definirá novas estratégias e a necessidade de recursos extras para intensificar o combate aos incêndios.
A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou a aeronave KC-390 Millennium para Ribeirão Preto, SP, para combater três focos de incêndio. No entanto, a decolagem foi adiada devido à baixa visibilidade causada pela fumaça. O tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, acompanha as operações.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou as dificuldades impostas pela fumaça, que dificulta a visualização dos focos de incêndio. Além disso, o governador de São Paulo confirmou a prisão de um terceiro suspeito de incêndios criminosos, com dois outros já detidos no final de semana.
A Casa Civil também está considerando reforçar as estruturas de combate e fiscalização em regiões da Amazônia com alta incidência de incêndios, como o sul do Amazonas, o sul do Pará e a Transamazônica.
Desde junho, o governo criou uma sala de situação para coordenar ações de prevenção e controle de incêndios e secas, com reuniões semanais envolvendo vários ministérios.
Fonte: Blog do Riella
Foto: Governo Federal
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