Empresa participa de debate com governo para aplicação da nova tecnologia. Podemos esperar o avanço acelerado da cobertura 5G no ano que vem
Getty Images/BBC
Além de conexão mais veloz, empresa promete atuar em diferentes áreas ao mesmo tempo Ameaçada de ser barrada na implantação da telefonia móvel de quinta geração (5G) no Brasil, a Huawei segue participando de debates com integrantes do governo e apresentando as oportunidades que vão surgir no país com a chegada do padrão tecnológico.
Em debate realizado nesta sexta-feira com parlamentares e integrantes dos ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o diretor de soluções integradas da Huawei, Carlos Roseiro, disse que parte das aplicações da nova geração do serviço celular 5G será “tropicalizada”, como forma de atender à demanda da economia local.
“Fazer o 5G para uma empresa não significa instalar o equipamento e garantir uma cobertura e, então, a eficiência vai vir. É muito mais do que isso”, disse Roseiro, ao participar promovido pela “Aliança Conecta Brasil F4” e transmitido pela internet.
O diretor da Huawei explicou que o 5G, além de oferecer um dispositivo com conexão ainda mais veloz, atuará em diferentes áreas ao mesmo tempo.
Ele deu o exemplo de uma fábrica que, ao passar por este processo de transformação digital, deverá contar com um servidor local, contratar um serviço de armazenamento e processamento de dados na nuvem, implementar processos por meio de inteligência artificial e desenvolver aplicações específicas que resolvam “problemas locais”, da realidade das empresas brasileiras.
“Isso só os brasileiros conseguem fazer. Não há mágica que vem e resolve todos os problemas com uma solução universal. Tem que ser customizado, localizado, ou tropicalizado, se preferirem”, afirmou o executivo do fabricante chinês, considerado líder mundial no fornecimento de equipamentos de telecomunicações.
Para Roseiro, essa característica do padrão 5G será capaz de proporcionar maior produtividade para segmentos da indústria e de serviços e gerar empregos para além do setor de telecomunicações.
O leilão de licenças 5G está programado para o primeiro semestre de 2021. A proibição ao uso da de equipamentos chineses é defendida pela ala ideológica do governo, liderada pelo Itamaraty, que busca alinhamento com os Estados Unidos.
Os americanos alertam para o risco de espionagem comandada pelo governo chinês. Isso, no entanto, é entendido como parte da guerra comercial entre as duas potências e o Brasil deveria ficar de fora para não sofrer retaliações.
Infográfico explica o que é o 5G
Fernanda Garrafiel/G1
Comentar