Associação dos direitos dos animais do país tentou, sem sucesso, impedir o abate dos animais na Justiça. Fazenda de criação de visions em Deurne, na Holanda
AFP
O governo da Holanda iniciou neste fim de semana o abate de cerca de 10 mil visons criados em cativeiro para evitar coronavírus, depois que vieram à tona dois casos de transmissão desses animais para humanos, algo que pode acelerar o desaparecimento de uma indústria que tem ordem para cessar até 2024.
Visons — ou minques — são mamíferos do gênero Mustela. Uma associação que luta pelos direitos dos animais no país entrou na Justiça para tentar o fechamento definitivo das fazendas, mas não teve êxito. Eles também não conseguiram impedir o abate em massa dos animais.
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As fazendas de criação passarão por um processo de desinfecção antes de reiniciarem seus trabalhos. O abate envolve dez fazendas que criam os mamíferos para vender a pele para a confecção de roupas e acessórios.
A iniciativa é, segundo o governo, para evitar que se crie um reservatório do vírus Sars-Cov-2 nas fazendas. A suspeita é que um trabalhador rural tenha levado o vírus até os animais em abril. Posteriormente, eles infectaram no mínimo duas pessoas.
Mercado de pele
Existem cerca de 128 fazendas de criação na Holanda. Uma fêmea normalmente dá à luz a cinco ou seis filhotes entre abril e maio. Em novembro, eles são abatidos para o uso de suas peles.
Em 2013, o Parlamento holandês ordenou a dissolução total deste mercado até janeiro de 2024.
Segundo a Reuters, 24 países do mundo permitem a criação. China, Dinamarca e Polônia são os maiores produtores de pele de visons, com 60 milhões de animais mortos a cada ano.
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