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“Hidrogênio Verde Deve Ajudar a Combater a Pobreza”, Afirma Presidente da CNI.

No evento “Hidrogênio Verde: o Combustível do Futuro”, realizado no auditório do Correio, especialistas e representantes do setor produtivo se reuniram para discutir o potencial do hidrogênio verde (H2V) no Brasil. O presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, destacou que o hidrogênio verde é crucial para a transição energética e pode desempenhar um papel vital na luta contra a pobreza.

Jamal enfatizou que o hidrogênio verde não deve ser tratado apenas como uma commodity, mas sim como uma oportunidade para o desenvolvimento social. “Não podemos transformar essa revolução em commodities. Se exportarmos H2V sem priorizar o ganho social, corremos o risco de enriquecer investidores estrangeiros enquanto a população local continua em situação de vulnerabilidade”, alertou. Para ele, o verdadeiro valor do hidrogênio verde reside em sua capacidade de proporcionar inclusão e melhores remunerações para a população.

O presidente da Fibra também destacou a importância da indústria para o desenvolvimento econômico. “Não existe desenvolvimento sem indústria”, afirmou, sublinhando que o setor industrial é fundamental para impulsionar a ciência e a tecnologia no Brasil.

Jamal mencionou que há atualmente 55 projetos de pesquisa sobre hidrogênio verde em andamento no país, com o Nordeste liderando essas iniciativas. Apesar do crescente investimento mundial, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, ele ressaltou a necessidade de mais financiamento para alavancar o setor no Brasil.

Ele também comentou sobre a nova Lei do Hidrogênio, que visa regulamentar o uso do H2V e facilitar a captação de recursos. Essa legislação oferece um marco jurídico seguro que pode atrair investimentos tanto do setor público quanto privado, promovendo um ambiente favorável para o desenvolvimento de projetos sustentáveis.

O evento foi promovido pelo Instituto Cultura em Movimento, com apoio do Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e outras instituições, e pode ser acompanhado pelo canal do Correio no YouTube.

 

Fonte/Foto: Correio Braziliense

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