Renúncia vem após ambos terem afirmado que Fausto Ribeiro não tem experiência em gestão para presidir o banco após a saída de André Brandão. Presidente do conselho do Banco do Brasil renuncia ao cargo
O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira (1º) a renúncia de Hélio Magalhães e de José Guimarães Monforte aos cargos de membros do conselho de administração da companhia. Os dois foram indicados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, aos cargos.
A saída de Magalhães, que era presidente do conselho, tem efeito a partir de sexta-feira (2), enquanto a de Monforte, como membro independente do colegiado, vale já a partir desta quinta.
Homem caminha em frente a uma agência do Banco do Brasil na Zona Sul de São Paulo
Marcelo Brandt/G1
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A renúncia vem após ambos, além dos também conselheiros Luiz Spinola e Paulo Roberto Evangelista de Lima terem afirmado que o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para presidir o banco, Fausto Ribeiro, atende aos requisitos legais, mas que não tem experiência em gestão para tal.
Bolsonaro nomeou Ribeiro em março para suceder André Brandão, que renunciou após ter sido ameaçado de demissão por Bolsonaro, na esteira de um plano de corte de custos no BB, incluindo fechamento de agências e demissões.
Carta de demissão
Em sua carta de renúncia, que o G1 teve acesso, Magalhães aponta que o motivo de não continuar no cargo de presidente do conselho se dá por conta do “descaso com que o acionista majoritário vem tratando” o Banco do Brasil e “outras importantes estatais de capital aberto e seus principais administradores”.
“No caso do Banco do Brasil, me refiro às tentativas de desrespeito à governança corporativa, ainda que frustradas pela atuação diligente deste conselho e pela higidez dos mecanismos de governança da companhia. Como exemplo, cito as interferências externas na execução do plano de eficiência da companhia aprovado por este Conselho e obviamente necessário para adequá-la aos novos tempos e desafios do setor. Ato contínuo, renovo meu protesto ao rito de escolha do novo presidente do banco, o qual simplesmente não considera o desejável crivo deste conselho, vez que baseado em legislação anacrônica e contrária às melhores práticas de governança em nível global.”
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