Ministro também projetou alta de 2,5% para 2024 – patamar mais alto que a previsão oficial do Ministério da Fazenda. BC começou a cortar juros em agosto; taxa está em 12,25% ao ano. PIB do Brasil cresce 0,1% no 3° trimestre de 2023, diz IBGE
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (4) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre surpreendeu ao mostrar crescimento.
Ele também pediu ao Banco Central que siga “fazendo seu trabalho”, em uma alusão ao processo de corte da taxa básica de juros da economia.
Haddad está na Alemanha, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – crítico de juros altos.
O Banco Central começou a reduzir a taxa básica da economia em agosto deste ano. Desde então, forem três cortes consecutivos, para 12,25% ao ano – o menor patamar desde maio de 2022. O mercado estima nova redução neste mês, para 11,75% ao ano.
O ministro reafirmou a estimativa, divulgada em novembro pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, de que a economia vai crescer 3% neste ano. E também projetou uma expansão de 2,5% para a economia em 2024 – maior do que a projeção oficial da pasta, de 2,2%.
“Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele”, afirmou o ministro Fernando Haddad.
Mais cedo nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,1% no 3º trimestre de 2023. O resultado surpreendeu o mercado, que projetava uma retração de 0,2%.
Comparação internacional
Segundo a SPE, do Ministério da Fazenda, dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do terceiro trimestre, o Brasil teve o quinto melhor desempenho.
Apresentação da SPE/Ministério da Fazenda
SPE/Ministério da Fazenda
Para o órgão, o PIB deve mostrar novo crescimento no quatro trimestre deste ano.
“A indústria tende a se beneficiar com a redução nos custos do crédito, com os programas de estímulo ao investimento e de construção de moradias populares (como PAC e MCMV), e com os estímulos à atividade na China”, informou.
Para o crescimento do setor de serviços, ainda segundo o Ministério da Fazenda, devem contribuir a recente expansão da renda, impulsionada pela geração líquida de postos de trabalhos e pelo aumento do rendimento real.
“O setor também deverá se beneficiar com a redução da inadimplência e comprometimento de renda das famílias que, junto com a melhoria recente das condições financeiras, tende a impulsionar as concessões de crédito e o ritmo de expansão do consumo nesse último trimestre”, acrescentou.
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