Ministro disse que PEC do pacto federativo está há um ano no Legislativo e não foi votada. Nesta semana, Maia disse que levaria ‘bolo’ de um ano de tramitação da ‘PEC emergencial’. O ministro da Economia, Paulo Guedes, cobrou nesta sexta-feira (11) publicamente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar projetos do governo em votação.
Ao participar de uma reunião da comissão mista que discute ações contra a pandemia, Guedes declarou que a “centro-esquerda” tem controlado a pauta de votações da Câmara.
Na última quarta (9), Rodrigo Maia disse em tom de ironia que levaria um “bolo” para a Câmara para comemorar um ano de tramitação da chamada “PEC emergencial”, proposta do governo que prevê gatilhos automáticos de cortes de despesas em caso de descumprimento do teto de gastos.
Nesta sexta, Guedes declarou:
“Como ele [Maia] tem feito algumas cobranças a respeito de pautas públicas, vamos conversar publicamente sobre isso. Está me cobrando, dizendo que vai fazer um bolo de aniversário, que tem um ano que eu estou para mandar a PEC federativa. Eu inverto. A PEC federativa está há um ano no Congresso. Eu pergunto porque ele ainda não aprovou a PEC do pacto federativo. O bolo de aniversário tem que ser entregue na casa dele, porque tem um ano que ela está no Congresso.”
Privatizações
Paulo Guedes afirmou ainda que as privatizações estão paradas porque uma “aliança de centro-esquerda” controla a pauta de votações da Câmara.
“Como eu vou privatizar, se não coloca na pauta? Quem controla a pauta é uma aliança de centro-esquerda, mas quem ganhou a eleição foi uma aliança de centro-direita. Há uma disfuncionalidade ,mas não sou que tenho que resolver isso, é a política”, disse.
O ministro da Economia afirmou ainda que considera “grave” o governo não conseguir seguir o plano de privatizações.
Em junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o governo não pode privatizar estatais sem aprovação do Poder Legislativo.
“Estou fazendo o que a população pediu para fazer. Aliás, eu estou tentando fazer, porque não consegui fazer ainda. E isso eu considero grave: você estar em uma democracia onde alguém é eleito com um plano e não consegue seguir porque aquilo não é pautado. Isso não é interessante para a nossa democracia”, disse.
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