Voz de Brasília
Teve início nesta segunda-feira (8) uma grande mobilização nacional para ampliar a cobertura vacinal entre estudantes da rede pública. A ação faz parte do Programa Saúde na Escola (PSE) e tem como meta atualizar a caderneta de vacinação de 27,8 milhões de alunos em 109,8 mil escolas públicas, em parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação.
A campanha segue até o dia 25 de abril e já é considerada a maior adesão da história do programa, criado em 2007. Ao todo, 5.544 municípios estão participando, envolvendo 80% das escolas públicas brasileiras.
O objetivo do governo federal é vacinar 90% dos estudantes com menos de 15 anos, com doses que variam conforme a idade e recomendação médica. Entre os imunizantes previstos estão:
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola),
DTP (tríplice bacteriana),
HPV,
Meningocócica ACWY,
Febre amarela.
As vacinas serão aplicadas nas próprias escolas por equipes do Sistema Único de Saúde (SUS) ou, quando necessário, os estudantes serão levados a Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para qualquer aplicação, será exigida autorização dos responsáveis. Além das vacinas, haverá checagem das cadernetas de vacinação, para alertar sobre eventuais pendências.
“A escola representa uma grande oportunidade para vacinarmos esse público. Crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos costumam frequentar menos os postos de saúde. Por isso, aproveitar o ambiente escolar para vacinação é fundamental”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Para viabilizar a operação, o Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões: R$ 15,9 milhões para os estados e R$ 134 milhões para os municípios, considerando critérios como logística, número de escolas, e perfil populacional.
Outra novidade anunciada é o registro padronizado da vacinação escolar, que passa a ser reconhecida oficialmente como estratégia de imunização. As doses aplicadas nas escolas devem ser registradas com a opção “Vacinação Escolar”, o que permitirá o monitoramento mais preciso da cobertura e dos resultados.
Desde 2022, com o fortalecimento do PSE, 4,3 milhões de estudantes passaram a ter acesso a ações de saúde no ambiente escolar. Das escolas participantes, mais da metade (53,6 mil) atende majoritariamente alunos beneficiários do Bolsa Família. Também estão incluídas 2.220 escolas em territórios quilombolas e 1.782 com estudantes indígenas.
Entre 2022 e 2024, o programa registrou aumento expressivo em várias frentes:
Saúde mental (+77,6%),
Atividade física (+73,6%),
Saúde bucal (+67%),
Verificação da situação vacinal (+35,3%).
A ampliação demonstra o compromisso do governo com o cuidado integral de crianças e adolescentes no ambiente escolar, especialmente em áreas mais vulneráveis.
fonte:blog do riella
foto:Portal Gov.br
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