O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reafirmou o compromisso do governo federal com o incentivo aos biocombustíveis e às energias renováveis. A declaração foi feita nesta terça-feira (18), durante uma reunião com representantes da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
Brasil e os biocombustíveis
Fávaro destacou que o governo do presidente Lula foi responsável pela criação do Programa Nacional do Biodiesel e segue incentivando o setor. Ele criticou a gestão anterior, afirmando que houve um retrocesso na política de biocombustíveis, com a redução da mistura obrigatória no diesel e a priorização da importação de combustíveis fósseis de baixa qualidade.
“O governo havia retrocedido para a mistura B10, priorizando a importação de diesel de péssima qualidade, como o S500, com enxofre e metais pesados”, disse o ministro.
O Brasil ocupa atualmente a terceira posição no ranking mundial de produção de biocombustíveis, atrás apenas dos Estados Unidos e da Indonésia. A soja segue como a principal matéria-prima utilizada no país, e os números da safra 2024/2025 indicam crescimento:
Produção estimada: 166 milhões de toneladas de soja (+12,4% em relação à safra anterior)
Área cultivada: 47,4 milhões de hectares (+2,8%)
Benefícios econômicos e ambientais
Além de transferência para a transição energética e a sustentabilidade no setor agropecuário, os biocombustíveis geram empregos e influenciam o mercado de alimentos. Segundo Fávaro, a valorização do óleo de soja impacta diretamente o preço do farelo utilizado na alimentação animal, reduzindo os custos na produção de carne.
Mistura no diesel: mudança temporária
No mesmo dia, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu suspender temporariamente o aumento da mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15% (B15), que entraria em vigor em março. Com isso, a mistura B14 será vigente em todo o país.
Segundo o governo, a medida busca ajudar a conter os preços dos alimentos, priorizando a estabilidade econômica.
Com essa política, o governo reforça sua aposta nos biocombustíveis como peça-chave na matriz energética brasileira, equilibrando o crescimento sustentável e a segurança alimentar.
Fonte:Agência gov
Foto:foto da web
Comentar