Diante da explosão do custo do petróleo no mercado internacional, Governo Federal defende congelamento temporário nos preços dos combustíveis no Brasil, enquanto persistir o clima de guerra na Europa.
Ontem, mais uma vez, o Presidente Bolsonaro criticou a vinculação ao preço do petróleo. Hoje ele pretende discutir o assunto com o Ministério de Minas e Energia.
O Governo acredita que a melhor forma de segurar o aumento dos preços é reduzir impostos, ao mesmo tempo fazendo com que a Petrobras absorva parte das perdas pela ampliação no prazo de reajustes dos preços praticados pela empresa no Brasil.
Na prática, o governo irá pressionar a Petrobras a arcar com parte dos custos da alta dos combustíveis, quebrando uma política de paridade internacional que estava em vigor desde o Governo Temer.
DOIS PROJETOS – Presidente do Senado, Rodrigo Pachedo (PSD/MG), confirmou para esta semana a votação dos dois projetos que pretendem conter o aumento dos combustíveis para o consumidor no Brasil.
O PLP 11/2020, que mexe na cobrança do ICMS, tem apoio do Governo e deve ser o primeiro a ser discutido.
Pela proposta, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, precisa definir um valor unitário do ICMS para ser cobrado sobre o litro do combustível, sem as variações constantes que ocorrem hoje.
Este PLP também amplia o auxílio-gás.
O outro projeto é o PL 1472/2021, que cria a Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis. Esta conta será usada para financiar um sistema de bandas de preços para proteger os motoristas da variação do preço de mercado dos combustíveis.
UCRÂNIA – Rússia faz exigências não aceitas pela Ucrânia para suspender o conflito. São as seguintes:
- Fim das ações militares da Ucrânia
- Mudar a Constituição da Ucrânia em prol da neutralidade (abandonando a proposta de entrada na Otan)
- Reconhecer a Crimeia como território russo
- Reconhecer Donetsk e Luhansk como países independentes
As negociações tentam estabelecer corredores de fuga, permitindo a migração de ucranianos em zona de fogo intenso.
RÚSSIA – Brasil ficou fora da lista divulgada pelo governo da Rússia que indica os países e territórios considerados hostis por apoiarem diretamente a Ucrânia.
A relação inclui Estados Unidos, Canadá, Ucrânia e Japão
Aparecem como países contrários a Putin: Austrália, Albânia, Andorra, Reino Unido, os 27 países da União Europeia, Islândia, Canadá, Liechtenstein, Micronésia, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, San Marino, Macedônia do Norte, Singapura, Estados Unidos, Taiwan, Ucrânia, Montenegro, Suíça e Japão.
UM MILHÃO – O mundo ultrapassou a marca de seis milhões de mortos por Covid-19, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Estados Unidos são o país com o maior número de mortes: 958,4 mil.
Brasil está em segundo, com 652.207.
BRASIL – Média Móvel de Mortes pela Covid-19 no Brasil continua caindo. Ontem, ficou em 425.
Estado do Rio de Janeiro assume postura intensa hoje, ao abolir a exigência de máscaras mesmo em recintos fechados.
PRISÃO – Supremo Tribunal Federal, por maioria, decidiu que prisões preventivas não devem ser revogadas automaticamente caso não sejam analisadas na Justiça em até 90 dias.
Se essa decisão estivesse em vigor, o Tribunal não teria liberado, para imediata fuga, o bandido André do Rap, em 2020.
POUPANÇA – Banco Central informou que os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,3 bilhões em fevereiro deste ano.
Os saques somaram R$ 265,3 bilhões no mês passado, enquanto os depósitos atingiram R$ 260 bilhões.
É o segundo mês deste ano com mais saída de dinheiro da poupança do que entrada de recursos.
INFLAÇÃO – Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central preveem inflação de 5,65% este ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) chega a 0,42% em 2022.
TAXA – Senado vota hoje projeto que já passou pela Câmara dos Deputados e que faz alterações na taxa de fiscalização dos mercados de títulos, oriundo de Medida Provisória.
O projeto trata da taxa de fiscalização, que custeia as atividades de supervisão e fiscalização atribuídas por lei à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
MULHER – Hoje, às 10h, no Palácio do Planalto, em comemoração do Dia Internacional da Mulher, Presidente Bolsonaro participa do lançamento do projeto “Brasil pra elas, por elas, com elas”.
No Senado, às 10h, haverá solenidade em comemoração ao Dia da Mulher.
ECONOMIA – índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem aos 111.593 pontos, com recuo de 2,52%.
É a maior queda diária desde 26 de novembro do ano passado.
Desempenho negativo foi puxado por ações de empresas aéreas e pela Petrobras.
No dia, a cotação internacional do barril de petróleo (tipo Brent) fechou em US$ 139 e atingiu o maior valor desde 2008.
Dólar fechou a R$ 5,08, com leve alta de 0,03%.
Por RENATO RIELLA
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