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Economia

Google investiga pesquisadora de ética em inteligência artificial

Empresa encerrou acesso de funcionária ao e-mail corporativo e disse estar investigando suposto download de arquivos compartilhados com pessoas de fora da companhia. Sindicado disse estar ‘preocupado’. Google investiga
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
O Google investiga uma pesquisadora sobre ética em inteligência artificial (IA) semanas após encerrar o contrato de outra integrante da equipe, anunciou o sindicato recém formado na empresa.
Em um comunicado enviado ao site “Axios”, o Google afirmou que a conta de e-mail da pesquisadora Margaret Mitchell na empresa foi encerrada enquanto uma investigação interna é realizada.
A companhia disse que ela supostamente baixou um grande número de arquivos e compartilhou com terceiros.
O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, criado por funcionários da empresa matriz do Google, afirmou nesta semana em um comunicado que estava “preocupado com a suspensão do acesso corporativo de Margaret Mitchell”, membro do sindicato e uma das principais pesquisadoras de IA.
“Essa suspensão acontece pouco depois da demissão realizada pelo Google da antiga líder Timnit Gebru; ambas representam um ataque às pessoas que estão tentando tornar a tecnologia do Google mais ética”, afirmou o sindicato.
Funcionários da Alphabet, dona do Google, formam sindicato nos EUA
Demissão de Timnit Gebru
Google enfrentou fortes críticas em dezembro passado após a demissão de Gebru, que denunciou que foi ordenada a se retratar de um trabalho de pesquisa.
Gebru enviou um e-mail interno acusando a companhia de “silenciar vozes marginalizadas”, após superiores terem solicitado que ela não publicasse um artigo científico ou retirasse seu nome e de colegas. Ela foi desligada da companhia pouco depois.
No mês passado, mais de 1.400 funcionários da Google faziam parte dos quase 3.300 signatários de uma carta online que exigia da empresa uma explicação sobre a demissão de Gebru junto com o motivo para ordenar que sua pesquisa fosse retirada.
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A carta também pedia à Google que cumprisse com um compromisso “inequívoco” com a integridade da pesquisa e da liberdade acadêmica.
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