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Google é alvo de novo processo nos EUA por conduta anticompetitiva; agora, está na mira de 10 estados

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Procurador-geral do Texas que lidera ação disse que empresa ‘manipulou o mercado de publicidade’, jogando em todas as posições. Google afirma que acusações não têm fundamento. Google
Arnd Wiegmann/Reuterus
O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, anunciou nesta quarta-feira (16) que irá abrir um processo em conjunto com outros 9 estados americanos contra o Google por condutas anticompetitivas.
RETROSPECTIVA: 2020, um ano vivido pelas telas
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Paxton disse que a empresa “usou o seu poder de monopólio para controlar preços” no mercado de publicidade digital.
“O Google efetivamente eliminou sua competição e coroou a si mesmo como líder da publicidade on-line”, afirmou o procurador-geral.
Ele disse ainda: “Esse Golias da internet usou seu poder para manipular o mercado, destruir a competição e lesar você, o consumidor”.
Em comunicado divulgado posteriormente, o procurador comparou a atuação da companhia, que serve a consumidores e aos anunciantes, à de todos os jogadores de uma partida de beisebol.
Segundo ele, o Google faz uso de informações privilegiadas para negociar anúncios porque atua em todas as posições, arremessando e recebendo a bola, por exemplo.
Facebook é citado
Paxton afirmou ainda que o Google “abusa de seu poder monopolizador” a ponto de “induzir” executivos do Facebook a aceitarem um esquema contratual que mina a essência do processo competitivo no segmento.
Segundo o processo, a empresa de Mark Zuckerberg chegou a planejar, em 2017, entrar na competição com o Google pelos anúncios on-line, mas a rival teria fechado um acordo com o Facebook para manter seu monopólio em troca de vantagens em relação a outras plataformas.
O que diz o Google
O Google disse que as acusações de Paxton não têm mérito e que os preços dos anúncios digitais caíram desde a década passada, assim como as comissões das empresas de tecnologia. E que sua comissão está abaixo da média da indústria.
O mercado de publicidade digital é a principal fonte de receitas da empresa – somente esse negócio gerou US$ 37,1 bilhões para a companhia no 3º trimestre de 2020.
Próximos passos
O caso será atribuído a um juiz da corte do Texas, que começará a definir um cronograma da ação.
O processo foi montado por um escritório de advocacia contratado pelo Texas. Também assinam a ação os estados de Arkansas, Idaho, Indiana, Kentucky, Mississippi, Missouri, Dakota do Norte, Dakota do Sul e Utah.
Outro processo contra o Google
O Texas está entre os 11 estados que se juntaram ao Departamento de Justiça dos EUA em processo aberto contra o Google em outubro passado. Nesta ação, a companhia é acusada de abusar de seu poder para privilegiar seu sistema de busca e deter o monopólio no mercado de anúncios nessas páginas.
Na semana passada, outra gigante da tecnologia foi acusada de monopólio: a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) e 48 autoridades estaduais anunciaram processos contra o Facebook.
Além disso, nos últimos quatro anos, a União Europeia já condenou o Google três vezes por condutas anticompetitivas, forçando a empresas a pagar multas bilionárias.

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