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Economia

G7 se compromete com imposto mundial para grandes empresas de 'pelo menos 15%'

Acordo dos sete países mais ricos do mundo por uma reforma tributária global representa um importante impulso para a reunião do G20, que será realizada em julho. O chanceler do Tesouro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak, fala em uma reunião de ministros de finanças do G7, em Londres
Stefan Rousseau/PA Wire/Pool via REUTERS
Os ministros das Finanças do G7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo, se comprometeram com um imposto mínimo global para grandes empresas de “pelo menos 15%”, de acordo com comunicado divulgado neste sábado (5) após dois dias de reuniões em Londres.
O acordo foi descrito como “histórico” pelo ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, que presidiu a reunião.
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O compromisso dos sete países – Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá – por uma reforma tributária global “adaptada à era digital”, como descreveu Sunak, representa um importante impulso para a reunião do G20, que será realizada em julho, em Veneza, e onde se espera um acordo formal sobre o assunto.
O ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, estimou que a iminente implementação do imposto é “uma boa notícia para a justiça e a solidariedade fiscais”.
“E uma má notícia para os paraísos fiscais em todo o mundo. As empresas não poderão mais fugir de suas obrigações tributárias transferindo habilmente seus lucros para países com baixa tributação”, disse Scholz.
O comunicado também menciona o compromisso com uma melhor distribuição dos direitos de tributar os lucros das grandes multinacionais, principalmente as digitais e americanas. É o chamado segundo “pilar” da reforma proposta pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que inclui cerca de 140 países.

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