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Economia

G20 pede cooperação para facilitar o acesso a vacinas contra a Covid-19

Em reunião virtual, lideranças das maiores economias do mundo concordaram que os governos devem trabalhar para garantir a distribuição dos imunizantes a toda a população, inclusive aos países mais pobres. Foto tirada no dia 17 de novembro mostra seringa e frasco com etiqueta ‘vacina Covid-19’ escrita em inglês.
Joel Saget/AFP
Líderes dos países integrantes do G20 vão divulgar comunicado em que pedem a distribuição justa dos tratamentos, dos testes e das vacinas contra o novo coronavírus. A declaração está no esboço de um comunicado que deverá ser divulgado neste domingo (22), segundo a agência Reuters.
“Não vamos poupar esforços para assegurar acesso equânime e econômico para todas as pessoas”, diz o texto base do comunicado do G20, que defende a vacinação como método para erradicar a pandemia da Covid-19.
“Nós reconhecemos o papel da imunização extensiva como um bem global público”, afirmam os líderes.
Diferentemente de outras edições, a pandemia impediu que o encontro do G20 deste ano ocorresse presencialmente com todos os eventos tradicionais. A organização ficou a cargo da Arábia Saudita, mas sem as viagens dos chefes de governo. Além disso, a fotografia com todos os líderes foi feita de maneira diferente em relação aos outros anos: uma projeção virtual (veja abaixo).
Projeção com as fotografias dos líderes do G20 no palácio Salwa, na Arábia Saudita, na noite de sábado (21)
Meshari-Alharbi, DGDA via AP
Por isso, a luta contra o coronavírus foi o tema central das discussões, com foco na vacina e nos métodos de ajuda para os países mais pobres. Na reunião, os líderes pediram que credores privados participem do auxílio às nações mais afetadas pelo caos econômico gerado pela pandemia.
De acordo com a agência France Presse, os países do G20 já gastaram mais de US$ 21 bilhões de dólares para combater o coronavírus. Também mobilizaram cerca de US$ 11 trilhões para salvar a economia mundial, segundo os organizadores.
Putin diz que Rússia ‘está pronta’ para fornecer vacinas
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de videoconferência do G20 neste sábado (21)
Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse aos líderes do G20 neste sábado que a Rússia estava pronta para fornecer sua vacina contra o coronavírus Sputnik V a outros países que dela precisassem.
A Rússia também está preparando sua segunda e terceira vacinas, afirmou Putin, acrescentando que a criação de um portfólio de vacinas é “nosso objetivo comum”.
Em comunicado de 11 de novembro, a Rússia disse que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya contra a Covid-19, é 92% eficaz, segundo dados preliminares de estudos de fase 3 conduzidos no país. Os resultados ainda não foram revisados por outros cientistas, etapa que é necessária para que sejam publicados em revista científica.
A eficácia foi calculada com base em 20 casos confirmados de Covid, que ocorreram tanto em voluntários que tomaram a primeira dose da vacina quanto naqueles que receberam o placebo (substância inativa). Os estudos, conduzidos na Rússia, têm 40 mil voluntários.
O que disseram os líderes?
Rei Salman bin Abdulaziz discursa virtualmente na abertura do G20 neste sábado (21)
Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Handout via Reuters
“Embora estejamos otimistas com o progresso no desenvolvimento de vacinas, terapias e ferramentas de diagnóstico para a Covid-19, devemos trabalhar para criar as condições para um acesso barato e igualitário a essas ferramentas para todos” — rei Salman, da Arábia Saudita, sede do G20 neste ano.
“Apoiamos o acesso universal, equitativo e a preços acessíveis aos tratamentos disponíveis. É com esse objetivo que participamos de diferentes iniciativas voltadas ao combate à doença” — Jair Bolsonaro, presidente do Brasil — “A pandemia não pode servir de justificativa para ataques às liberdades individuais.”
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“Estaremos preparados para garantir o acesso [às vacinas] em escala global e evitar a todo custo o cenário de um mundo em duas velocidades?” — Emmanuel Macron, presidente da França.
“O acesso à vacinação deve ser possível e acessível para todos os países” — Angela Merkel, chanceler da Alemanha.
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