Repasse de recursos cresceu em todas as regiões, com destaque para Nordeste e Centro-Oeste
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) alcançou um volume recorde de investimentos em 2024, consolidando-se como uma das principais ferramentas do Governo Federal para o financiamento de ações de mitigação e adaptação à crise climática. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fundo apoia projetos públicos e privados voltados para energia limpa, mobilidade urbana sustentável, agropecuária sustentável, bioeconomia, florestas nativas e recursos hídricos.
Recorde de investimentos e expansão territorial
Durante a 37ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Fundo Clima, realizada nesta quarta-feira (26/3), foram apresentados os relatórios de execução e aprovada a prestação de contas das operações realizadas em 2024. O ministro substituto do MMA, João Paulo Capobianco, destacou o impacto histórico dos investimentos:
“O Fundo Clima se consolidou como um dos principais motores da transformação ecológica do Brasil. Com os investimentos recordes de 2024, damos mais um passo firme no enfrentamento à emergência climática.”
Principais números do Fundo Clima em 2024:
Modalidade não reembolsável: R$ 4,7 milhões destinados a sete projetos focados na redução da vulnerabilidade climática em áreas urbanas e rurais.
Modalidade reembolsável: R$ 10,4 bilhões em financiamentos geridos pelo BNDES, um valor 23 vezes maior que a média anual do fundo desde sua criação, em 2009.
Os recursos foram aplicados em diversos setores estratégicos, incluindo:
Energia Solar e Eólica: 18 projetos financiados
Fabricação de Biocombustíveis: 5 projetos
Administração Pública: 3 projetos voltados para acesso à água, redução de enchentes e iluminação pública
Transporte Coletivo Sustentável: 6 projetos
Beneficiamento Sustentável de Lítio: 1 projeto
Outros setores: 177 projetos distribuídos em diversas frentes da economia verde
O número de unidades da federação beneficiadas pelo fundo aumentou de 19 para 21. Nordeste e Centro-Oeste tiveram crescimento expressivo nos repasses:
Nordeste: de R$ 51 milhões em 2022 para R$ 1,85 bilhão em 2024 (crescimento de 36 vezes)
Centro-Oeste: de R$ 129 milhões em 2022 para R$ 2,1 bilhões em 2024
Os projetos financiados têm potencial para evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente a nove meses das emissões da região metropolitana de São Paulo. Além disso, a fase de implantação deve gerar cerca de 52 mil empregos verdes, impulsionando o desenvolvimento sustentável.
Com os resultados expressivos de 2024, o Fundo Clima se posiciona como um protagonista da política ambiental brasileira. O fortalecimento dos investimentos e a ampliação do alcance territorial indicam um novo patamar de compromisso com a transição para uma economia mais sustentável, resiliente e inclusiva. A expectativa para 2025 é que o fundo continue mobilizando diferentes setores da sociedade e acelerando a implementação de soluções inovadoras para o enfrentamento da crise climática.
Fonte:agência gov
Foto:foto da web
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