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Focos de queimadas em Rondônia recuam quase 40% nos últimos 4 anos, aponta Inpe

Monitoramento realizado entre janeiro e 28 de julho mostra que em 2020 houve queda de 28,3% em comparação com 2019, sendo o ano de maior diminuição. Queimada em Rondônia.
Fábio Tito/G1
Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apontam que Rondônia vem registrando queda na quantidade de focos de queimadas com base no monitoramento realizado entre 1º de janeiro e 28 de julho dos últimos quatro anos. Entre 2016 e 2020, o recuo de pontos de chamas nesse período foi de 39,8%.
O ano de 2020 é o maior em questão de queda: até esta terça-feira (28), são 666 focos ativos captados pelo satélite de referência Aqua do Inpe em Rondônia contra 929 em 2019 (-28,3%).
Entre 1º e 28 julho deste ano, Rondônia já acumula 324 focos de queimadas até às 15h25 desta terça, conforme o satélite de referência Aqua. As cidades que mais registradas pontos de chamas nesse período foram:
Porto Velho: 80 focos
Candeias do Jamari: 59 focos
São Francisco do Guaporé: 18 focos
Itapuã do Oeste: 16 focos
Vilhena: 13 focos
O Inpe realiza medições desde 1986, após ter realizado um experimento de campo em conjunto com pesquisadores da Nasa. O sistema, porém, foi aperfeiçoado em 1998 após a criação de um programa no Ibama para controlar as queimadas no país. Os dados da série histórica estão disponíveis desde junho de 1998.
Um foco precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para que os chamados satélites de órbita possam detectá-lo. No caso dos satélites geoestacionários, a frente de fogo precisa ter o dobro de tamanho para ser localizada.
Tendência de alta na temporada
Considerando o acumulado de alertas do Deter ao longo dos meses, a tendência é de aumento na taxa oficial de destruição da floresta na atual temporada que se encerra em agosto de 2020.
A tendência preocupa, já que o período anterior teve recorde com 10 mil km² de desmatamento.
Considerando o período entre agosto de 2019 e a parcial de junho, há alertas de desmatamento para 7.108 km². Já entre agosto de 2018 e o todo o mês de julho de 2019 foram 4.584 km². Nesta comparação, mesmo com o período incompleto de junho deste ano, já há aumento de 55%. No comparativo anterior, com os dados completos de maio, o aumento era de 78%.
O que provoca as queimadas?
Para haver fogo, é preciso combinar: fontes de ignição (naturais, como raios, ou antrópicas, como isqueiros ou cigarros); material combustível (ter o que queimar, como madeiras e folhas); e condições climáticas (seca).
Como a Amazônia é uma floresta tropical úmida, os incêndios mais recorrentes ocorrem quando a madeira desmatada fica “secando” por alguns meses e, depois, é incendiada para abrir espaço para pastagem ou agricultura. Segundo especialistas, um incêndio natural não se alastraria com facilidade na Amazônia.

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