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Economia

Faturamento da Apple supera expectativas com forte receita de iPhones

Receita de US$ 26,42 bilhões no 2º trimestre foi impulsionada pela forte demanda nas Américas e na Europa. Tim Cook, CEO da Apple, apresenta o iPhone 11 durante evento na Califórnia
REUTERS/Stephen Lam
A Apple divulgou nesta quinta-feira (30) aumentos inesperados na receita trimestral e nas vendas do iPhone, impulsionados pela forte demanda nas Américas e na Europa, conforme as medidas de isolamento na pandemia foram afrouxadas e os consumidores voltaram a gastar com seus produtos e serviços.
A empresa teve resultados muito acima das expectativas de Wall Street, reportando altas na receita anual em todas as categorias de produtos e em todas as regiões, incluindo algumas categorias há muito ofuscadas, como iPads e Macs, impulsionadas por consumidores trabalhando e estudando de casa.
Os resultados saíram no mesmo dia em que os EUA relatou que seu Produto Interno Bruto (PIB) entrou em colapso, caindo 32,9% no segundo trimestre, pior desempenho desde a Grande Depressão.
Aumento de vendas
Com cerca de 60% das vendas provenientes de mercados internacionais, a Apple se mostrou imune aos choques em todos os mercados e teve receita de 26,42 bilhões de dólares em vendas de iPhones, bem acima das expectativas dos analistas de 22,37 bilhões de dólares, de acordo com dados do IBES da Refinitiv.
Em entrevista à Reuters, o presidente-executivo Tim Cook disse que, após as paralisações em abril, as vendas começaram a aumentar em maio e junho, ajudadas pelo que ele chamou de um lançamento “forte” do iPhone SE, de 399 dólares, em abril.
“Acho que o estímulo econômico que estava ocorrendo – e não estou apenas focado nos EUA, mas de maneira mais ampla – foi uma ajuda”, disse Cook à Reuters.
Os resultados enfatizaram que a Apple oferece serviços e dispostivos que atraem muitos clientes, apesar de a empresa ter voltado a fechar muitas lojas nos EUA. A Apple teve aumento nas vendas de acessórios como AirPods e serviços como a App Store.
O crescimento contínuo de serviços e acessórios também mostrou a força da marca, o que levou os investidores a vê-la como um porto seguro e impulsionou o suas ações desde março.
A receita e o lucro da Apple no trimestre foram de 59,69 bilhões de dólares e 2,58 dólares por ação, respectivamente, ante expectativas de analistas de 52,25 bilhões e 2,04 dólares por ação, segundo dados da Refinitiv.
Vendas por segmento
As vendas no segmento de serviços, que também incluem produtos como iCloud e Apple Music, aumentaram 14,8%, para 13,16 bilhões de dólares, ante 11,46 bilhões no ano anterior e expectativas dos analistas de 13,18 bilhões de dólares. Cook disse à Reuters que a Apple tem 550 milhões de assinantes pagos em sua plataforma, contra 515 milhões no trimestre anterior.
As vendas no segmento de dispositivos vestíveis, que inclui o Apple Watch, aumentaram 16,7%, para 6,45 bilhões de dólares, em comparação com os 5,53 bilhões do ano anterior e acima das estimativas de 6 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A Apple se beneficiou do trabalho remoto e do aumento das aulas online, relatando vendas nos segmentos do iPad e do Mac de 6,58 bilhões e 7,08 bilhões de dólares, respectivamente, contra expectativas de 4,88 bilhões e 6,06 bilhões.
“Ambos (os segmentos) tiveram alguns anúncios de produtos realmente significativos no fim de março, início de abril. Acho que temos a linha de produtos mais forte que já tivemos em ambas as áreas”, disse Cook. “Você combina isso com o trabalho e o estudo remoto, e produz resultados realmente muito fortes”.

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