Presidente americano disse que negociação começará rapidamente, e manifestou dúvidas de que agricultores de seu país consigam satisfazer a demanda chinesa prevista na 1ª fase do tratado. Donald Trump e Xi Jinping: EUA e China assinarão ‘fase 1’ de acordo comercial na próxima semana
Andrew Harnik/AP
Estados Unidos e China vão começar a negociar rapidamente a “fase dois” de seu acordo comercial, mas o resultado só deve ser conhecido depois das eleições americanas de novembro, disse nesta quinta-feira (9) o presidente Donald Trump.
As declarações foram feitas a poucos dias da chegada a Washington do vice-primeiro-ministro chinês Liu He para assinar no dia 15 a “fase um” deste acordo que marca uma trégua em uma guerra alfandegária que dura quase dois anos.
Trump disse ter dúvidas se os produtores agrícolas americanos darão conta de satisfazer a elevada demanda chinesa prevista na primeira etapa do acordo.
“Começaremos imediatamente a negociar a fase dois. Levará pouco tempo”, disse Trump a jornalistas.
“Poderia esperar para terminá-lo depois das eleições porque acho que podemos ter um acordo um pouco melhor; talvez não muito melhor”, acrescentou.
Após longas negociações alteradas por enfrentamentos, as duas partes chegaram em dezembro a um acordo parcial, que aparentemente só satisfaz a algumas das demandas dos Estados Unidos à China.
Nas últimas semanas, observadores disseram que o apetite por concluir a “fase dois” não seria muito grande enquanto continuarem sendo aplicadas muitas tarifas durante o conflito.
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O acordo
Na chamada “fase um”, a China se comprometeu a comprar no mínimo US$ 200 bilhões adicionais de bens americanos nos próximos dois anos. Isso inclui US$ 50 bilhões adicionais de importação de produtos agrícolas, segundo o Representante Comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer.
As exportações agrícolas americanas para a China atingiram seu máximo em 2012 quando chegaram a US$ 26 bilhões.
“A grande questão é se os produtores poderão responder tanta demanda”, disse Trump na quinta-feira. “É o maior contrato já assinado”, assegurou.
Nas últimas semanas, os mercados saudaram com altas expressivas o esfriamento do conflito sino-americano, que põe em xeque não só as duas potências, mas também a economia global.
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