Mark Zuckerberg disse que sua rede social busca formas de reduzir a visibilidade do conteúdo político no feed de notícias do usuário. Facebook
Dado Ruvic/Reuters
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na última quarta-feira (27) que a plataforma deixará de recomendar grupos políticos aos seus usuários.
Essa medida foi tomada há alguns meses nos Estados Unidos para reduzir as tensões eleitorais e será expandida globalmente.
“Paramos de recomendar grupos militantes ou políticos nos Estados Unidos à medida que as eleições se aproximavam e agora pretendemos estender essa regra para todo o mundo”, disse Mark Zuckerberg durante a apresentação dos resultados trimestrais da gigante das mídias sociais.
O objetivo é “acalmar as coisas e desencorajar conversas que dividem”.
A empresa alcançou quase US$ 86 bilhões em receitas durante todo o ano e gerou mais de US$ 29 bilhões em lucros, um aumento de 58% apesar da pandemia, do boicote de marcas no ano passado e tensões significativas com a sociedade civil, funcionários e autoridades eleitas.
O Facebook tem multiplicado suas medidas para tentar melhorar a moderação de conteúdo e coibir a desinformação, mas ainda não conseguiu satisfazer muitas organizações antirracistas ou dedicadas à defesa dos direitos e liberdades em geral.
“Em setembro, anunciamos a retirada de mais de um milhão de grupos em um ano”, lembrou Zuckerberg.
“Mas também há muitos grupos para os quais não queremos encorajar as pessoas a se juntarem, mesmo que não violem nossas regras.”
O fundador da rede social acrescentou que suas equipes também buscam formas de reduzir a visibilidade do conteúdo político no feed de notícias do usuário.
“Um dos principais retornos que temos ouvidos de nossa comunidade é que as pessoas não querem que política e brigas tomem conta de suas experiências em nossos serviços”, disse o executivo.
“Claro, sempre será possível participar de discussões e grupos políticos, para quem quiser”, completou.
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