Embarques diminuíram 8,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 3,3 milhões de sacas de 60 kg. As exportações totais de café do Brasil somaram 3,3 milhões de sacas de 60 kg em abril, queda de 8,5% ante mesmo mês do ano passado.
Consórcio Pesquisa do Café
As exportações totais de café do Brasil somaram 3,3 milhões de sacas de 60 kg em abril, queda de 8,5% ante mesmo mês do ano passado, disse nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que vê o resultado como positivo diante dos desafios logísticos enfrentados pelo setor.
De acordo com os dados da entidade, os embarques de café verde atingiram 3,03 milhões de sacas, recuo de 7,1% na comparação anual, pressionados por uma retração de 8,3% nos envios da variedade arábica, que somaram 2,7 milhões de sacas.
O país ainda exportou 331,1 mil sacas de café robusta, alta de 8,3% ante abril de 2020.
A receita obtida com os envios da commodity no mês passado totalizou 447,2 milhões de dólares em abril, recuo de 7,4% no ano a ano, acrescentou o conselho.
“O resultado de abril foi bom, o segundo melhor nos últimos cinco anos, e evidenciou a eficiência logística dos exportadores brasileiros, que seguem honrando seus compromissos mesmo com a continuidade dos entraves logísticos gerados pela Covid-19 e pela concentração do fluxo do comércio na Ásia, que, entre outros fatores, reduz a disponibilidade de contêineres para exportação de café”, disse o presidente da entidade, Nicolas Rueda.
O Cecafé destacou ainda que, apesar da queda mensal, as remessas de café do Brasil para o exterior apuraram alta de 8,6% no primeiro quadrimestre de 2021, a 14,8 milhões de sacas, beneficiadas pela safra recorde colhida em 2019/20.
Para a próxima temporada, porém, o Cecafé reforçou um sinal de alerta, uma vez que 2021/22 representa um ano de baixa no ciclo bienal do café arábica no país e a falta de chuvas em importantes áreas produtoras tem exacerbado os problemas para a safra.
“O setor continua observando as condições climáticas, que já impactaram o volume a ser colhido devido ao menor nível de chuvas no último trimestre de 2020 e também em 2021”, disse Rueda.
“Atualmente, mesmo sendo um período de menos precipitações em comparação a outras épocas do ano, tem chovido bem menos do que a média histórica para a região Sudeste, principal cinturão cafeeiro do Brasil, o que certamente afetará o tamanho da colheita e poderá ser refletido nas exportações”, acrescentou.
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