Vendas para o exterior cresceram 21,1% em relação ao ano anterior, enquanto as importações avançaram 4,5%, garantindo ao país um superávit comercial recorde. Movimentação de cargas no porto de Xangai, na China, em imagem de arquivo.
Aly Song/Reuters
As exportações da China aumentaram no ritmo mais forte em quase três anos em novembro, uma vez que a forte demanda global por produtos necessários para enfrentar a pandemia garantiu à segunda maior economia do mundo um superávit comercial recorde.
As exportações subiram em novembro 21,1% em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta segunda-feira (7), o crescimento mais forte desde fevereiro de 2018. O resultado também superou com força a expectativa de analistas de expansão de 12,0% e acelerou ante a alta de 11,4% em outubro.
A força das exportações aconteceu apesar de o iuan rondar máximas de vários anos contra o dólar, o que pode ser boa notícia para as autoridades preocupadas com o impacto do enfraquecimento da moeda norte-americana na competitividade comercial da China.
As importações avançaram 4,5% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra crescimento de 4,7% em outubro e abaixo da expectativa de aumento de 6,1%, mas ainda registrando o terceiro mês seguido de aumento.
Analistas dizem que a melhora da demanda doméstica e preços mais altos de commodities ajudaram a impulsionar a leitura. Entretanto, eles destacaram alguns sinais de que a demanda por produtos relacionados à pandemia perderam força.
Os fortes embarques levaram a um superávit comercial em novembro de US$ 75,42 bilhões, o maior desde ao menos 1981, quando os registros da Refinitiv começaram. Também foi maior do que a expectativa em pesquisa de superávit de US$ 53,5 bilhões.
As exportações da China foram sustentadas pela forte demanda externa por equipamentos de proteção individual (EPIs) e produtos eletrônicos para trabalhar de casa, assim como a demanda sazonal do Natal, disseram analistas do Nomura em nota.
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