Bolsonaro tem dito que haverá quarta parcela, mas com valor entre R$ 300 e R$ 400. Líderes partidários articulam estender auxílio, mas com manutenção dos R$ 600. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (28) que será “muito ruim” se o valor do auxílio emergencial de R$ 600 for reduzido.
O auxílio foi criado por uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e é destinado a trabalhadores informais, atingidos pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia. Pela lei, o auxílio de R$ 600 será pago por três meses.
O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que haverá a quarta parcela e que, “talvez”, também haja a quinta. Mas, segundo Bolsonaro, valor da quarta ficará entre R$ 300 e R$ 400, e o da quinta, se houver, entre R$ 200 e R$ 300.
Como mostrou o G1, porém, os líderes partidários da Câmara já articulam a votação de uma proposta que amplie o prazo de três meses e mantenha o valor de R$ 600.
“Tem muitos parlamentares que apresentaram projetos [para a prorrogação]. Acho que temos de dialogar com o governo e apresentar propostas também. Acho que seria muito ruim, no quarto ou quinto mês, qualquer mudança no valor de R$ 600. Mas compreendo a preocupação do governo”, declarou Rodrigo Maia nesta quinta-feira.
Para o presidente da Câmara, parte do dinheiro para a prorrogação poderia ter origem em recursos atualmente aplicados em outros programas.
“O governo tem muitos programas. Talvez uma parte de orçamento novo e uma parte de programas que estão mal alocados. Talvez este somatório nos dê as condições de a gente manter por mais algum período os R$ 600 e depois tentar , aí sim pode ser um debate na Câmara dos Deputados, criar, um programa oficial, formal, permanente de renda mínima com esses programas que já existem no governo que podem gerar a base de um novo programa”, afirmou.
Caixa paga novo lote do auxílio emergencial de R$ 600 nesta quarta (27)
‘Programa caro’
O Secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, disse nesta quinta durante audiência pública no Senado que o auxílio emergencial é um programa caro, mas que deve deve ser prorrogado com “outro perfil”.
Segundo o secretário, os três meses de repasses já previstos na lei custarão, em média, R$ 51,5 bilhões por mês. O total estimado é de aproximadamente R$ 152 bilhões, de acordo com Waldery.
Embora não tenha citado valores, Waldery disse que o programa é caro e, se prorrogado, terá um outro formato.
“O auxílio emergencial será prorrogado? Muito provavelmente sim, mas com outro perfil, com outro formato. É um programa valiosíssimo, de alta efetividade, mas também é um programa caro”, declarou.
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