Animais com miocardite e saúde debilitada em Londres tiveram resultado positivo para variante B.1.1.7; donos tinham histórico de Covid-19 recente. Coronavírus original, sem a variante britânica, não parecia causar doenças graves em animais de estimação; artigo ainda não foi revisado. Cachorro usa bandana com a bandeira do Reino Unido, em Windsor, em foto de 2018
Peter Summers/PA via AP
Alguns cães e gatos contaminados com a variante britânica do coronavírus, também conhecida como B.1.1.7, desenvolveram miocardite, uma inflamação grave no coração. A condição é normalmente considerada rara nesses tipos de animais.
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Foram relatados 11 casos de animais severamente doentes em uma região de Londres, mas que tiveram uma boa recuperação após tratamento intensivo, segundo um artigo preliminar de pesquisadores do “The Ralph Veterinary Referral Centre”, no Reino Unido, e das universidades francesas de Montpellier e de Lyon. A pesquisa, que ainda não foi revisada por outros pesquisadores, teve a versão prévia (pré-print) publicada pelo site científico bioRxiv.
Segundo o levantamento, os cães e gatos afetados ficaram bastante debilitados, mas não tiveram problemas respiratórios.
Após os relatos de veterinários sobre um aumento atípico de casos da doença cardíaca e saúde geral debilitada em um hospital veterinário em South-East, e a constatação de que a maioria dos donos desses pacientes tinha histórico de Covid-19 nas três a seis semanas anteriores, testes foram realizados.
Dois gatos e um cão imediatamente tiveram resultado positivo para a variante B.1.1.7 do coronavírus. Além disso, dois outros gatos e mais um cão posteriormente testaram positivo para anticorpos da mesma variante.
Os autores do artigo afirmam ainda que o coronavírus original, sem a variante britânica, não parecia causar doenças graves em animais de estimação.
Eles reafirmam que a contaminação de pessoas para animais permanece muito mais provável do que a inversa.
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