Com a chegada das chuvas, escorpiões são obrigados a deixar seus abrigos em esgotos e bueiros, invadindo casas em busca de locais secos. Esse fenômeno aumenta o risco de acidentes, especialmente com o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), cuja picada pode ser fatal. Esses aracnídeos noturnos alimentam-se de insetos, como baratas, e costumam se esconder em sapatos, roupas e cantos escuros, o que surpreende as vítimas.
O Distrito Federal registrou 2.157 casos de picadas de escorpião entre janeiro e setembro deste ano, números que permanecem preocupantes. De acordo com a Secretaria de Saúde, 80% dos acidentes são considerados leves e tratados com medicação, enquanto os casos mais graves exigem o uso do soro antiescorpiônico, disponível em hospitais de referência, como o Hospital Materno Infantil de Brasília e outras unidades regionais.
O biólogo Feliphe de Freitas Novais destaca que o soro é essencial para neutralizar as toxinas do veneno, sendo o tempo um fator crucial para evitar complicações graves. Ele também alerta para a presença de outras espécies de escorpião, como o Tityus fasciolatus, menos perigoso, mas ainda capaz de causar acidentes.
Para prevenir o aparecimento de escorpiões, recomenda-se manter a casa e o quintal limpos, evitar o acúmulo de lixo, instalar telas em janelas e ralos, e verificar roupas e calçados antes de usá-los. Especial atenção deve ser dada a crianças pequenas, idosos e imunossuprimidos, que são mais vulneráveis às picadas.
Em caso de picada, é importante procurar rapidamente o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) e seguir as orientações para obter o tratamento adequado.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Prefeitura do Paulista
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