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Empresa inclusiva depende de envolvimento de líderes e colegas de trabalho, diz pesquisa

43% dos profissionais relataram falta de programas de diversidade no trabalho, entre as razões por ficarem apenas no discurso das empresas. 70% dos entrevistados desejam que os colegas de profissão estejam engajados em tratar todos de forma justa e não discriminatória.
Divulgação
Para que uma empresa seja realmente inclusiva, é necessário que haja o envolvimento da liderança e de colegas de trabalho. É o que revela um levantamento da Vagas.com.
De acordo com a pesquisa, 76% dos respondentes consideram que a liderança precisa estar alinhada com todos os tipos de público que chegam nas empresas. Também há 70% desejando que os colegas de profissão estejam engajados em tratar todos de forma justa e não discriminatória.
Veja os aspectos mencionados pelos respondentes para que uma empresa seja realmente inclusiva:
Liderança precisa estar alinhada com todos os tipos de público (76%)
Colegas de profissão devem tratar todos de forma justa e não discriminatória (70%)
Infraestrutura da empresa (49%)
Promoção dentro da empresa com ações de incentivo à diversidade (37%)
Promoção de ações de incentivo à diversidade fora da empresa (29%)
O estudo foi realizado por e-mail, com 2.675 respondentes usuários do portal de carreira Vagas.com.br, em dezembro de 2019. O objetivo era entender a importância dos programas de diversidade para candidatos que buscam novas oportunidades de emprego, quais aspectos mais influenciam em suas escolhas, suas opiniões sobre programas de diversidade e ações afirmativas.
Os entrevistados possuem média de 32 anos e mais da metade é negro. Os que possuem “formação superior completa” representam um terço, enquanto 24% estão cursando uma universidade e 14% já são pós-graduados.
Um dos aspectos da pesquisa foi mostrar se a busca de diversidade por uma empresa é relevante. O levantamento apontou que 55% dos profissionais acreditam que a diversidade é “muito importante” enquanto 33% indicaram que esse aspecto seja “importante”. Os que julgaram nada ou pouco importante somaram 3%.
Para aqueles que apontaram importante uma empresa se preocupar com a diversidade, a pesquisa buscou saber quais os motivos que eles julgam mais relevantes para essa importância:
Porque é justo (46%)
Porque gostam de trabalhar em empresas que valorizam a diversidade (41%)
Porque é importante a empresa possuir maior pluralidade de ideias (33%)
Porque faz parte das minhas crenças e valores (32%)
Porque sofreram preconceito e discriminação (16%)
Porque gostam de trabalhar ao lado de pessoas com as quais se sentem representadas (15%)
A pesquisa aponta ainda que 11% demonstraram indiferença, pouca ou nenhuma importância com relação à questão da diversidade. Entre os motivos:
Entendem que políticas de diversidade não geram justiça social (3%)
Beneficiam um grupo seleto de pessoas (2,9%)
Excluem profissionais em detrimento de outros (2,7%)
É uma questão de marketing (1,4%)
Na prática, segundo a pesquisa, a promoção da diversidade nas companhias não é unânime. Somaram 74% aqueles que concordam totalmente que as empresas precisam ter programas de diversidade. Os outros 26% concordam parcialmente, mantêm-se neutros ou discordam dessa alegação.
No caso de adoção de ações afirmativas (conjunto de medidas especiais voltadas a grupos discriminados e vitimados pela exclusão social), representou 53% o grupo da discórdia ante 42% que concordam totalmente e 5% que não souberam dizer.
Ao avaliarem a experiência atual e anterior de emprego, a maior parte dos participantes (57%) afirmou que há diversidade no ambiente de trabalho. Foi mencionada diversidade em vários níveis de liderança (47%) e na gerência (10%). Para aqueles que apontaram a falta de programas de diversidade (43%), os motivos relatados foram que há no discurso, e não na prática (23%) e não vê diversidade nos mais variados níveis (19%).

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