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Em meio a emergência hídrica, Aneel anuncia gabinete para monitorar setor elétrico

Na semana passada, governo emitiu alerta de emergência hídrica na região da Bacia do Paraná. Reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste registram baixo nível. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu criar um “gabinete de situação” para monitorar as condições do sistema elétrico nacional em 2021 e 2022 e propor medidas no sentido de evitar a escassez de energia no Brasil.
O grupo vai se reunir semanalmente e sempre que for convocado. A data da primeira reunião não foi informada.
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As principais funções do gabinete serão:
monitorar a situação do sistema elétrico brasileiro;
apoiar a implementação das medidas no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE);
avaliar medidas que possam ser implementadas pela Aneel para garantir o fornecimento de energia elétrica e para superar a situação de emergência hídrica.
A criação do comitê surge após o governo emitir alerta de segurança hídrica na região da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
O alerta foi emitido na semana passada devido ao período de escassez de chuva que essas regiões vão enfrentar de junho a setembro.
Para piorar o cenário, o último período chuvoso, que acabou em abril deste ano, foi o mais seco em 91 anos. Com isso, o nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país está baixo e o governo precisa acionar mais usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia.
O baixo nível dos reservatórios e o encarecimento no custo de produção da energia no país levou a Aneel a anunciar, na semana passada, que vai vigorar a bandeira vermelha 2 ao longo do mês de junho.
Isso significa que será cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos.
Na tarde desta terça-feira, o CMSE vai se reunir para avaliar a necessidade de adoção de novas ações para garantir o fornecimento de energia neste ano.
O encontro acontecerá no Rio de Janeiro, na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O órgão é o responsável por coordenar o acionamento de usinas para atendimento à demanda energética.
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