Alphabet se comprometeu a proibir a oferta de pacotes de compensação para funcionários investigados por má conduta, como aconteceu no passado. Acordo cria conselho para acompanhar os esforços da Alphabet, dona do Google, em ações de diversidade e de combate ao assédio sexual.
Charles Platiau/Reuters
A Alphabet, dona do Google, firmou nesta sexta-feira (25) um acordo com os acionistas em uma ação judicial que alegava que a empresa encobria casos de assédio sexual por parte de seus executivos.
A companhia que controla o Google afirmou que vai proibir a oferta de pacotes de compensação para funcionários que deixarem a companhia e estiverem sob investigação relacionada a assédio sexual, má conduta sexual ou retaliação a outros empregados.
O acordo também prevê a limitação do uso de acordos de obrigação de silêncio para os funcionários envolvidos nesses casos.
Outro compromisso é a criação de um conselho para acompanhar os esforços do grupo na promoção de políticas trabalhistas relacionadas a diversidade, igualdade e inclusão.
Serão investidos US$ 310 milhões para a criação do painel que será formado por especialistas independentes, que acompanharão os avanços da companhia nesses tópicos, segundo um comunicado.
O conselho de administração da Alphabet sofreu uma série de ações judiciais no início de 2019, após reportagens do jornal “New York Times” mostrar que a empresa protegeu Andy Rubin, um alto executivo diretor do sistema Android, acusado de assédio. Ele deixou a empresa com um bônus de US$ 90 milhões.
Saiba mais: Funcionários do Google em todo o mundo protestam contra assédio sexual
Após a veiculação da reportagem, o presidente do Google, Sundar Pichai, enviou um e-mail aos funcionários da empresa, prestando contas sobre as providências que o Google já tinha tomado em casos de assédio.
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