Em 2023, o Tesouro Nacional informou que a União assumiu a responsabilidade de honrar dívidas no valor de R$ 12,3 bilhões de estados e municípios, cujas garantias eram respaldadas pelo Governo Federal e que não foram quitadas. Esse montante representa um significativo aumento de 25,6% em relação aos R$ 9,8 bilhões honrados em 2022.
Em um cenário desafiador, o Tesouro Nacional conseguiu recuperar apenas R$ 7,58 milhões no ano passado, evidenciando a complexidade da gestão dessas dívidas. Os custos mais expressivos para o Tesouro relacionaram-se com a quitação de obrigações garantidas por estados específicos. No topo da lista estão o Rio de Janeiro, com um total de R$ 4,6 bilhões, seguido por Minas Gerais, que representou um desembolso de R$ 3,6 bilhões, e o Rio Grande do Sul, com R$ 1,4 bilhão.
Esses números revelam não apenas a persistência de desafios na gestão fiscal dos estados, mas também a relevância do papel do Governo Federal como garantidor e executor da estabilidade financeira em todo o país. O aumento substancial nas dívidas honradas sinaliza a necessidade de uma abordagem estratégica e coordenada para lidar com questões financeiras estaduais e municipais.
Nesse contexto, medidas proativas e políticas que promovam a sustentabilidade fiscal tornam-se imperativas para evitar impactos negativos na economia nacional. Além disso, o aprimoramento dos mecanismos de controle e fiscalização se mostra fundamental para mitigar o risco de inadimplência e garantir a estabilidade do sistema financeiro em níveis subnacionais. A transparência na divulgação de informações sobre as dívidas e suas garantias também se destaca como um elemento essencial para fomentar a confiança e a eficiência no gerenciamento das finanças públicas em todas as esferas governamentais.
Por Renato Riella
Comentar