Dívida pública tem alta de 9,5% em 2019 e chega a R$ 4,24 trilhões; maior valor da série histórica thumbnail
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Dívida pública tem alta de 9,5% em 2019 e chega a R$ 4,24 trilhões; maior valor da série histórica

Informações foram divulgadas nesta terça-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve aumento de 9,5% em 2019, para R$ 4,248 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (28).
Trata-se do maior patamar da série histórica, que teve início em 2004. No fim de 2017 e de 2018, a dívida estava em R$ 3,559 trilhões e em R$ 3,877 trilhões, respectivamente.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.
Dívida mais que dobrou
Segundo os dados do Tesouro, nos últimos dez anos, a dívida pública mais que dobrou: em 2009, o estoque da dívida estava em R$ 1,497 trilhão e, no fim do ano passado, somou R$ 4,24 trilhões.
Desse crescimento de R$ 2,751 trilhões vericado no período, mais de R$ 450 bilhões ocorreram por conta da emissões de títulos públicos para capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição controlada pelo governo federal e responsável por financiar grandes projetos de infraestrutura no país nos últimos anos. A injeção de recursos ocorreu nos governos do PT.
Porém, a maior parte desse valor (cerca de R$ 430 bilhões) já retornou para o Tesouro Nacional, que utilizou os valores para baixar a dívida pública, dos quais R$ 123 bilhões somente no ano passado.
Segundo informações do secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, a expectativa é de o saldo remanescente de empréstimos do BNDES com o governo, de R$ 165 bilhões (por conta da incidência de juros sobre o valor emprestado inicialmente), seja devolvido até o fim de 2022.

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